terça-feira, 30 de dezembro de 2008

UM BOM 2009






(Para melhor ouvir este video, baixe, ou desligue o som da Rádio Nostalgia, no final da página)


Estarei de férias por uns dias!
Aproveito para desejar, desde já,


a todos os meus amigos

e amigos deste blog,

um:

Feliz Ano Novo
Glückliches Neues Jahr
Nytar
Feliz Año Nuevo
Felicigan Novan Jaron
Heureuse Nouvelle Année
Feliz Aninovo
Shaná Tová
Happy New Year
Felice Nuovo Anno
Akemashite Omedetou Gozaimasu

Felicidades e um beijinho,


Isabel Branco

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Embrulhadinho


(Imagem da Net)



Recebi neste Natal
a prenda mais bela
só minha, especial,
tão única e tão singela.

Um pequeno embrulhinho
para guardar no coração
a desembrulhar com carinho
nas horas de aflição.

Atravessou o mar…
Foi lágrima e emoção,
é sinal, ternura, amar
esperança e motivação.

De tal presente me orgulho
saboreando-o devagarinho.
Ávida desembrulho,
meu amor, o teu beijinho.


quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

É Natal!




Longa, a noite da eternidade,
em busca do amor e da luz
jactante de interioridade
cumprida nos pregos duma cruz,
surge aos homens de boa vontade
e à paz, à redenção os conduz.
Eis o Unigénito! Eis a Verdade!
É Natal! Exultai! Nasceu Jesus...


terça-feira, 23 de dezembro de 2008

É NATAL... ÓH, REDENÇÃO!



Adeste Fidelis
nas vozes incomparáveis de: Pavaroti, Plácido Domingo e Carreras
(Para melhor ouvir este video, baixe, ou desligue o som da Rádio Nostalgia, no final da página)


É NATAL... ÓH, REDENÇÃO!

Nasceu um menino
e no céu uma estrela.
É Jesus pequenino,
dizem os magos, ao vê-la.

Num presépio, por fundo,
canta o anjo que ouvi.
Por nós, veio ao mundo
e numa estrebaria sorri.

É Natal... Óh, Redenção!
Repenicam os sinos...
É a nossa salvação!

Exultai, em doces hinos
esta hora de contemplação,
óh, corações peregrinos!...



Isabel Branco





sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Inconstância


(Imagem da Webshots)


Esgotei, momentaneamente,
a capacidade de escrever,
de querer ou de imaginar...
Aguça-se, nostálgica, esta dor
que, assídua, me atormenta
na permanente ausência, no desamor,
duma voz dolente
que me não leva a parte nenhuma
senão, às águas estagnadas
que o teu silêncio, meu amor,
aumenta, invariavelmente,
em rios de pútrida solidão,
em indigna espuma.

O meu cérebro cansado
identifica-se a uma sala vazia, não iluminada
apenas, porque um fusível desligado
a priva do privilégio da luz...
A mão preguiçosa
recusa-se a percorrer o caminho
que entre a tinta e o papel está traçado.

Não estou nem triste, nem alegre...
Perdi, no entanto, a emotividade...
Falta-me o espaço, a côr,
o momento, a delícia...
Sufoco na rotina da cidade.
Definho desorientada
entre o barulho da multidão...
Entre os pólos da ambiguidade,
me movimento e circulo agoniada...
Só estou bem onde não estou...
Sonolenta, inconstante,
já nem sei quem sou...

Distanciada da infantil tradição
é este, o efeito que, em mim, produz
esta época natalícia
de suposta união,
plena de algumas boas vontades,
e tantas hipócritas atitudes...

Apetece-me voar
para antípodas distâncias
ou, simplesmente, não fazer nada
e deixar-me ao sol a "lagartear"
numa praia, numa esplanada
observando o mar...ai... o mar...

Congestionada pelos ventos agrestes,
enregelada pelos agressivos frios,
refugio-me numa patética hibernação,
numa espécie de apatia tresloucada.
Nem a decoração dos ciprestes
alusiva e estrelícia
me distrai ou anima.

Numa teimosia inconformada
revejo outra vida refractada
e a saudade, agora instalada,
clama pelos primeiros desafios
e entardece magoada.

Ah! Longínquas beatitudes
que ainda me fazem sonhar,
escondidas noutra rima
de promessas e ilusão!...
Espelhadas noutras latitudes
condicionam-se às rugas sulcadas
nos rostos argilosos
das inúmeras solicitudes
que nos retalham o coração.

Não me apetece pensar,
nem tão pouco sentir!
Apetece-me apenas, ficar
junto ao cais, junto ao mar
e, de tudo o mais, me abstrair.


So This is Christmas

(Basta desligar ou baixar o som da Rádio Nostalgia no final da página,
para melhor ouvir este video.)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

A África o Natal Chega...


(Imagem da Net em Moldura de Isabel Branco)


A África e a todo o seu povo sofredor
que embala no regaço a dor
dos filhos famintos
das minas e do desamor,
o Natal chega num grito calado
no peito apertado,
no estampido da guerrilha,
no silêncio das estrelas
que brilham no olhar doído das crianças.

A África, o Natal chega
no peito ressequido
das mães que amamentam
a terra árida que lhes suga a alma
e lhes mata os filhos remelosos
que a fome e a morte assombram,
pasto de moscas e doença
e que, ainda assim, sorriem
num sorriso triste e rasgado.

A África, o Natal chega,
paradisíaca e selvática imensidão
com o deserto na voz
que incessante chama por nós
na secura do tempo,
na pele engelhada dos seus avós,
no preconceito, na escravidão,
nas grilhetas, no drama,
na ausência da chuva, na desolação...

A África e ao seu povo esquecido,
o Natal chega com o calor,
a cada ano esperançado
na mudança de mentalidades,
na grandeza das suas potencialidades
que as politicas dilaceram
e os gananciosos exploram.
Chega promessa no calendário
e, num feitiço, vai embora...


Nesse Mar





Nesse mar que é só nosso
ternura, poema e abraço,
onda a onda... a ti me enlaço.


Estás Aí...


(Imagem da Net)


Estás aí esperando por mim...
Sorridente, matreiro,
insinuante em palavras poéticas
e na beleza da tua filosofia,
abrindo a senda em que te sigo.

Estás aí, como sempre...
Imaginativo, espirituoso,
mar, intenso e companheiro,
descodificando as sinaléticas
e apontando-me o caminho.

Estás aí, por assim estar escrito
nas páginas proféticas
das nossas outras vidas
e, nem o tempo traiçoeiro,
separará nosso destino.


Pirataria

Todo o tesouro está escondido.




terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Enterneço...


(Imagens da Net) Foto Montagem de Isabel Branco


Anoiteço falua
no encalço do farol
dos sonhos devassos...

Adormeço lua,
odisseia de prata
num mar de sargaços...

Amanheço nua
desdobrada dum lençol
amarfanhada nos teus braços...

Entardeço tua,
áurea caravela pirata,
desenhada ao por de sol
por divinos traços...

Enterneço capicua
do dominó grata
ao gargalhar do girassol
flóreo no cetim dos laços...


sábado, 13 de dezembro de 2008

A Prenda




Gente apressada,
prendas,
embrulhos,
papel e laços...
A folia própria
d’outro Natal que se aproxima.
Confusão, vozes, alegria,
risos, gargalhadas,
crianças entusiasmadas...
Assim, chega ao fim
mais um ano,
já velho e cansado
das suas primeiras esperanças
agora transferidas
a outro que brevemente principia.
Trânsito enlouquecido,
transportes apinhados,
multidão desordenada,
compras, luzes, Natal...
E, para tantos, um saco cheio de nada!
Sininhos dourados
num pinheiro pendurados...
Enfeites, cor, festa,
guloseimas...
Um Deus menino em barro,
em presépios figurado,
nuzinho, braços abertos,
coitadinho!...
Pregões de paz,
de fraternidade entre os homens,
sorrisos entre os lábios desapertados
e afinal os sentimentos,
cada vez, mais amarrados,
porque a prenda mais autêntica
apenas se apelida Amor
e a humanidade teme ofertá-la,
desatar o laço,
abri-la, saboreá-la.
Prefere vê-la, assim
na sua caixa guardada,
em belos papéis embrulhada
e com uma grande fita
definitivamente enfeitada!...


sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Outro Dia


(Imagem da Net)



Foi embora a chuva!
Brilha, intenso, outro dia.
Ah! Sol…
Ó astro rei,
Como verde bago de uva
a tua falta sentia,
puro mosto, etanol
do tinto vinho que serei!


Tristeza


(Imagem da Net)


Estou triste, muito triste...

Falo para o vazio
que me rodeia,
das minhas incógnitas,
das minhas ânsias e problemas.

A minha tristeza persiste...

Sinto esta espécie de arrepio
que me enregela e farpeia...
Recolho às cavernas trogloditas
dos meus medos, dos meus dilemas...

Continuo triste! A lágrima não desiste...

Dispo-me de senso e de brio,
que o tempo já me escasseia...
Cercada de sensações malditas
escondo-me na rima dos meus poemas.


quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Os Olhos do Mar


Foto Montagem de Isabel Branco - Teus Olhos de Mar


Procelas há nos teus olhos, mar,
lágrimas em oceano de espuma
numa raiva por navegar,
numa estranha paz que me enciúma!

Se abismo dos meus tormentos,
enfureces os ventos uivantes,
sussurra-me a brisa os teus lamentos
na húmida areia de praias distantes.

Um paradoxo de dor, azul e amar,
imana da misteriosa vastidão
das profundezas do teu olhar.

Ah! E tuas neptuninas barbas… Imensidão,
ondas onde me deixo naufragar,
a teus olhos, mentor da minha imaginação!


terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Por Amar a Solidão




Por amar a solidão
sou gaivota azulada
que se exclui do bando
e do alto penhasco
assiste e observa,
passando os dias
entre a maré cheia, empertigada,
em contemplativa meditação.

E, às vezes, sob o velho casco
duma naufraga embarcação,
na vazante da tarde dourada,
escuta o som das maresias
perscrutando o horizonte, obcecada…
Depois, bate as asas pelo céu voando…
Ergue-se a outra dimensão
e sacode o sal que nas penas conserva!


quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

TU...


(Imagem da Net)


Tu que, do nada, me chegaste
de mansinho,
que me pegaste pela mão
e, sorrateiro, te aninhaste
em meu coração...
Tu que me falaste
de amor e carinho
e dividiste comigo a emoção...
Tu que me libertaste
a acorrentada imaginação
e, algures no tempo, me amaste
com ternura e paixão...
Tu que, com jeitinho,
me transformaste
com devoção...
Tu que o caminho
de Deus me mostraste
como salvação...
Tu, meu irmão...
TU...
Porque me abandonaste?...


O Comboio da Minha Infância





As rodas gigantes batendo nos carris...
Cutucum...Cutucum... Cutucummm...
Abrandam na chegada à estação.
Dos vagons um cheiro forte de anis,
cana de açúcar transportada
em pilhas para a maceração,
invade o ar. E... tchumm... tchummm...
Espirra água a locomotiva...
E, do comboio quase a parar,
três mocetões negros e robustos
num sorriso enorme e branco,
empoleirados sobre a carga,
reconhecem a menina,
criancita alegre e loira
que no quintal espera
a chegada do kurikutela.
Arremessam-lhe algumas pequenas canas
já costume e promessa,
que ela apanha e sofregamente
mastiga e chupa,
dizendo-lhes adeus
nos bicos dos pés dos seus quatro anos.

Visualiza a bandeira vermelha , depois a verde
Cchummm... chumm...
e, finalmente o comboio parou.

O chefe, homem de convicção,
gorducho, quase careca, bonacheirão
dá as ordens e arruma a questão.

E, a menina loira encantada
abre o grande portão
da casa contínua à estação
Corre... corre...
E, num abraço terno de emoção
lança-se naqueles amados braços
recebendo o beijo do seu avô,
o Branco, Chefe daquela Estação...

........................................

O comboio mala apita ao longe.
Úúúhhh...Úúhhh...
Tchuque... tchuque...tchuque...
Num contínuo tchuca tchuca.
As carruagens apinhadas de gente,
já dormidas em confortáveis bancos
que abertos se transformam em cama,
levam e trazem vidas.

E, entre cada estação,
duma extensa linha ferroviária
uns saem e outros entram,
no meio da confusão,
de variantes e desvios.
Homens, mulheres, crianças de várias raças,
cabeças apenas, no meio da multidão,
lá vão a todo o vapor,
sem se preocuparem com a cor,
todos de mala na mão,
bagagem de vidas vividas
por angolana paixão.

.....................................

À entrada da cidade,
alguns quilómetros antes da estação
brincando felizes no eucaliptal,
sentindo o cheiro da terra,
encostando o ouvido à via férrea,
eu, a criancita loira, já mais crescida,
minha irmã e meus primos, (seus filhos),
nas chegadas e nas partidas
assobiando estridentes apitos
acenando com lenços brancos
no adeus ao maquinista
o meu querido tio Armindo,
dos comboios um grande artista.

..........................................

No som troante da garrá,
no faiscar das fagulhas,
no acertar das agulhas,
veneno no sangue do meu pai
também outrora ferroviário,
apesar da distância,
na recordação do cenário
ainda hoje, saudosa, digo adeus
ao comboio da minha infância.


terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Nevão


(Imagem da Net)


Súbitos, doídos, os gélidos frios,
enclausuram o canto das cotovias
e brancos silêncios cobrem as montanhas.

Um pálido sol espelha-se nos rios
à hora tardia das ave-marias
e, em brando lume, se aquecem as entranhas.

Desafiando o rigor do elemento
um banco de feia e bruta pedra
ao mistério assiste impávido e sereno.

As palavras num adeus, pétalas ao vento,
da semente do amor que em nós medra,
despem-se da flor selvagem, vergada num aceno.


segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Eterna


(Imagem da Net)


Aos acordes timbrados dum piano
que propositadamente teimo escutar,
num "For Elise" repetitivo
eis-me, novamente, imaginando
os contornos do teu rosto,
afundando-me na solidão do teu olhar.

Esqueço o mundo que me rodeia
e, sentindo a quietude mansa do instante,
na consciência da inércia, me confundo,
alheando-me das coisas banais.

Se ausente és, em mim,
porém, permanência e demora,
luminosidade e agora,
como apagar-te da memória
onde sempre viveste
transcendência, sonho, ilusão?

E, se a pródiga imaginação
insubmissa não te ignora,
como negar-te a existência
se és, em mim, o aflorar
duma distinta paixão?

Meu oásis, neste deserto que nos cerca,
neste quase nada desconhecido,
és em meu mar de esperança transformado,
em desejo, em realidade acontecido.

Tu... que, fisicamente, me és estranho,
neste não sei quê de nostalgia
surges onda e, em maré cheia de poesia,
absoluta te encontro e te desvendo...

Entre tuas mãos carnais
mas ainda imaginárias
que, dos meus vestidos brancos,
inteira me despem,
eterna, me debato e me entrego.

Pelos séculos, infinitamente,
em sublime excitação,
simplesmente nos amamos,
sem amarras, sem lascívia, sem pecado,
na perfeita coerência
dum real jamais alcançado.





quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Ébria de Encanto


(Imagem da Net e Foto Montagem de Isabel Branco)

Bebo do momento
o precioso vinho
e embriagada de espanto
cambaleio, titubeio...
Entre os muros do desalento
fundo-me no silêncio
da negra sombra
que estampo no passeio.

Conto as pedras da calçada,
uma a uma, alucinada...
Rego-as com o meu pranto
e minúsculos miosótis azuis
despontam devagarinho...
Zonza, ao sabor do vento,
neste estar que me escombra,
vagueio, balanceio...

Sôfrega, ébria de encanto,
sorvo da boca adocicada
o beijo do pensamento,
sol que, no caminho
onde miragem te incluis,
me ilumina, me assombra
e poética, distanciada,
do real me alheio...




quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Amas-me


(Imagem da Net)


Amas-me... Orvalho da manhã...
Estrela da tua alvorada,
flor no teu campo desabrochada,
lençol de cetim em tua cama,
néctar da tua boca desejada.

Amas-me... Tarde calma...
Íris dum olhar de fogo
num corpo de água,
pássaro de chama e garra,
sorriso de nostalgia e mágoa.

Amas-me...Brilho de lua...
Barco à deriva no mar
farol no meio da tempestade,
musa no teu poema nua,
naufrágio da tua saudade.

Amas-me... Noite cerrada...
Chuva que te alaga,
rio, sonho da tua alma,
furacão que te arrasa,
mulher, Eva, que te abraça.


terça-feira, 25 de novembro de 2008

Desafio...

Recebi do "Outono" de Pretexto Clássico,

http://pretexto-classico.blogspot.com/

um desafio para responder sobre mim musicalmente...

Serei talvez:



"a estrela do mar", "a amiga dos ventos", "eu e água" e sigo...

1º - Tenho que colocar uma foto minha e opto por um perfil:



2º - Devo escolher um(a) cantor(a) ou uma banda …
- Escolho Maria Bethânia…pela voz quente, pela sensualidade, pelo poema em cada palavra, por cada palavra feita poema e "pelo jeito estúpido de amar"...

3º - Tenho que dar resposta a 10 perguntas, apenas com nomes de músicas do cantor(a) ou banda que escolhi...

1 – És homem ou mulher?
"Menininha", "a moça do sonho", "mulher sempre mulher"...

2 – Descreve-te… (não é pergunta, mas ordem)
Sou o "movimento dos barcos"; "grão de mar", "a noite do meu bem", serei todavia "feiticeira" e "âmbar"

3- O que as pessoas acham de ti?
"Cobras e lagartos", "a dona do ar e do vento", "sensível demais"...

4 - Como descreves o teu último relacionamento?
"Fósforo queimado", "drama", "agora é só cinza"

5 - Como descreves o estado actual da tua relação amorosa?
"Faz-me bem", "chuá-chuá", "explode coração"...

6 – Onde querias estar agora?
Em "todos os lugares", "de papo pro ar"…"falamos depois…"

7 – O que pensas a respeito do amor?
"Eterno em mim", "meu primeiro amor", "só eu sei", "sonho meu, sonho meu"...

8 - Como é a tua vida?
"Estranha forma de vida", "filosofia pura", "roda viva", "volta por cima"

9 – O que pedirias se tivesses um único desejo?
"Começaria tudo outra vez" ou quem sabe o "meu mundo inteiro"

10 - Escreve uma frase sábia… (isto, não é pergunta…mas outra ordem!!!!)
"a saudade mata a gente"

A seguir desafio também:


http://africaempoesia.blogspot.com/

http://paulovianabezerra.blogspot.com/

http://poesiangolana.blogspot.com/

http://omarmequer.blogspot.com/



E como miminho deixo-vos com essa grande voz em:


http://www.youtube.com/watch?v=BDcFa16ZisY




domingo, 23 de novembro de 2008

Parabéns Filhota


Foto de Isabel Branco


Ana Catarina

18 anos... e parece ter sido ontem o som do teu primeiro vagido!
18 anos... em que me deste a alegria suprema de ser mãe!
18 anos... jovem criatura que agora te dão o direito de cidadania completa e a maioridade ambicionada!
18 anos... que recordarás pela vida fora e irás, em algum tempo, desejar voltar a ter pela alegria transbordante que lhes imprimes!
18 anos... e a mágica fantasia que ainda podes mudar alguma coisa neste mundo!
18 anos... e Parabéns... Parabéns, por cada ano celebrado e por seres quem és, minha filha!

Um beijinho e muito amor, da mãe,

Isabel Branco

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Se o Tempo Deixasse...


(Imagem da Net)


Se o tempo deixasse
e o inferno não existisse,
falar-te-ia da enorme noite vazia
que povoa os meus diabólicos dias...
Contar-te-ia do fogo que me abrasa as invernias
e teus olhos de centelhas encheria.
Como gatos siameses
beliscaríamos o silêncio
arranhando os nossos corpos até ao sangue
entre a ira das unhas e o prazer dos dedos.
Revelar-te-ia os mais íntimos segredos,
no roçar dos lábios sedentos
em beijos de sol descobrindo as serranias.
Libertos os ténues véus da neblina,
lançar-te-ia infinitos bruxedos
e, rompendo as ironias,
teu facho de luz permanente erguerias.
Em ti, espalharia os meus medos
e das fúteis incertezas exangue,
em rubra corola, flor explodiria.
Em pira incandescente,
no lânguido abraço da fantasia,
eternamente nos abraçaríamos...
E..., das cinzas crepitantes...,
em cada gesto, renasceríamos!


quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Dúvida


(Imagem da Net)


Dúbia e cruel, a dúvida,
espesso portal de granito
rasgado incólume
nas achas do ciúme,
sibila retorta serpente,
germina e não olvida
o lamento confuso e triste
deste pássaro aflito,
meu eu, em esvoaçar primitivo.

Exala o nostálgico perfume
das mansas e rubras iras,
da branda sensatez esquecida,
e cúmplice do queixume
espraia-se no meu corpo ausente,
(branco, lúcido, esquivo)
e, de minhas penas revestida,
esmorece no silêncio em riste
da minha breve asa partida!


Nova Lisboa, a Minha Amada Cidade



Esta é a outra linda cidade da minha vida, de seu nome, Nova Lisboa.
Se o Lobito foi o meu berço, Nova Lisboa foi, é, e será sempre, a cidade predilecta do meu coração.

Parte de mim, ficou lá...a infância, a adolescência, o sonho... mas, o que hoje sou, é em parte, exemplo do que esta cidade também é: lutadora, resistente, sobrevivente e, ainda que massacrada, fénix das cinzas renascida... jardim de rosas raras em teimosa e festiva harmonia.

Amor da minha vida... só tu, Nova Lisboa!





Outro Sol, Outra Idade...


(Imagem da Net)


Ao barulhar colorido das missangas
um sol, cor de sangue,
reflecte-se no fruto doce das quitandas.
E o cheiro... aquele cheiro,
como outro não há igual,
que, depois da chuvada,
se desprende dos cafezais
exala-se no ar, em bênção renovada...

Na lânguida preguiça do sisal
enraíza-se a garra, a intensidade...
Ah! Lá longe, uma queimada,
que o velho embondeiro
solitário observa...

O capim em cinzas derrubado
estruma o pasto
e o incómodo maribondo,
fugido do alto enxame,
persegue o gado,
e zumbe, zumbe desnorteado...

À sombra dum ressequido cajueiro
adormecem os oiros da tarde
entre os azuis poentes de fogo
e solta-se um verso de saudade
do que a memória ainda preserva
doutro tempo, doutra idade...


terça-feira, 18 de novembro de 2008

Que Pode...


(Imagem da Net)


Que pode um poema
senão a força de o reflectir?

Que pode um pobre poeta
senão a (des)ventura de o sentir?



Um Sonho é Um Sonho...


(Imagem da Net)


Um sonho é um sonho...
Janela aberta... indiscreta...
Um véu... um cortinado da realidade.
Fluir fecundo da mente adormecida,
ilusão da apressada humanidade...

Um sonho é um sonho...
Em círculos ou em linha recta,
labirinto... encruzilhada,
mergulho em água gelada,
catarse desta e doutra vida.

Um sonho é um sonho...
Projecto, ambição incontida
transcendência de poeta, ambiguidade
entre o gerador e a coisa gerada,
atingível meio de imortalidade...

Um sonho é um sonho...
Mentira acontecida,
subtil e discreta
ou, simplesmente... disfarçada...
a outra face da verdade!



The Sorrow of Love

The Sorrow of Love


Yeats



A algazarra dos pardais nos telhados

a lua muito redonda e o céu atulhado de estrelas

e o canto alto das folhas sempre cantantes

tinham ensurdecido o antigo e cansado choro

da terra.

E então chegaste com esses lábios vermelhos

e pesarosos

E contigo chegaram todas as lágrimas do mundo.

E toda a aflição dos seus navios atormentados

E toda a aflição dos seus anos incontáveis.


E agora os pardais à luta nos telhados

A coalhada lua pálida, as brancas estrelas no céu

E a alta cantilena das folhas inquietas

Misturam-se com a velha e fatigante

lamúria da terra.



Pangeia


(Imagem da Net)


Abraço os cinco continentes
numa gigantesca ilha colossal.
Serpenteando-a de longos rios
e fartos mares interiores
circundo-a dum único oceano
e chamo-lhe a majestosa Pangeia!
Uno os povos numa linguagem universal,
escancaro as fronteiras,
visto-as de densas florestas,
frondosas matas e pródigas selvas.
Renovo o ar e despoluo as águas...
Cobro os jardins de flores,
os lamaçais de verdes relvas...
Abulo o ódio e a fome
e promovo a união entre as raças
num só governo multicolor
que aceita os desafios,
impõe a democracia e a liberdade
e a paz determinadamente granjeia,
procurando, de todas as maneiras,
a humana condição em dignidade,
alegria, abundância e cores.

Acordo e percebo, afinal,
que tudo não passou de um sonho!
Que a realidade é angustiante e feia...
Que o mundo se parte e se reparte
e se espalha repartido por toda a parte!
E que a minha grande Pangeia
é apenas uma enorme vontade!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Hay Amores


(Para melhor ouvir este video, desligue ou baixe a Rádio no final da página)



Hay Amores - Shakira

tema musical do filme "Amor em Tempos de Cólera,"

(baseado no belíssimo livro de Gabriel García Márquez, escritor colombiano, Prémio Nobel da Literatura, 1982)



quarta-feira, 12 de novembro de 2008

As Luzes Estavam Apagadas...


(Imagem da Net)


As luzes estavam apagadas...
E os candeeiros, rústicas sentinelas
pelas ruas perfiladas,
erectos silenciavam
segredos em bolas amarelas.

As luzes estavam apagadas...
Mas, as consciências acesas
a cada praguejar do vento,
a cada soluço de lua,
sentiam-se, indelevelmente, presas.

As luzes estavam apagadas...
E, no cego vai vem das ruelas,
rutilantes estrelas triunfavam
nas escuridões indesejadas
em cenário de mil velas.

As luzes estavam apagadas...
E, no mistério das trevas,
na verdade nua e crua
das palavras não usadas,
mentes simples brilhavam!...



Sentada


(Imagem da Net)


Sentada, impávida sobre a verdade,
bordo sanguínea, a ponto cruz,
o esboço fiel da realidade.

Sentada, no lugar da ansiedade,
faço o "zapping" absurdo
do inconveniente, da crueldade.

Sentada, no penedo da saudade,
escrevo o álbum da distância,
das memórias, da inconformidade.


terça-feira, 11 de novembro de 2008

Outra Memória




Esta é outra das minhas Igrejas predilectas, uma outra memória da minha infância.

É a Igreja do Bairro de S. João, em Nova Lisboa, onde fiz a minha 1ª comunhão e a Comunhão Solene.

Recordo com muita saudade o Padre Abel, amigo e conselheiro inesquecível e as missas das 7 h da manhã aos Domingos, antes da catequese. Recordar tudo isto é recuar no tempo e situar-me entre os primeiros e verdes anos e voltar a ser aquela menina despreocupada e feliz de outrora.

Quanta saudade...Deus meu, tenho dela e desse tempo!




(A figurinha que nós fazíamos... e os penteados, meu Deus...!)





segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Não posso deixar de ser reaccionário

Não posso deixar de ser reaccionário


Olho para esta pequena igreja e é a infância perdida que me aparece.
Toda a infância tem um lugar destes.
Mas nem todos os lugares tiveram crianças, como esta África.
Abaixo de Luanda, as brincadeiras continuam indiferentes ao progresso.
A pequena igreja não quer saber dos resorts
nem das disformes ventoinhas da energia eólica
borboletas montruosas espetadas na paisagem.

No passeio desta pequena igreja
Emílio Salgari inventou Sandokan,
quando tinha 13 anos.
E Mariana calçava peúgas brancas, tão brancas
como a pele do seu pescoço.

Às 7 da tarde, o sino chamava para o jantar.

Amen.

domingo, 9 de novembro de 2008

Igreja de Nossa Senhora da Arrábida - Lobito


Esta é a Igrejinha de Nossa Senhora da Arrábida - no Lobito




uma das minhas primeiras e mais belas memórias de infância.




Aqui, neste lugar singelo de quietude, paz,




oração e devoção




tendo o mar por horizonte,




casaram meus pais a 15 de Dezembro de 1956,




rodeados de muitos amigos e familiares




e aqui, também eu fui baptizada a 25 de Dezembro de 1957.


sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Segredo de Piratas


(Imagem da Net: Lobito)

1957- Nasce Maria Isabel Dias Branco Lameirão, na cidade do Lobito, Angola, que a contaminou para sempre com o cheiro do mar e da terra vermelha e os sussuros nocturnos dos antigos piratas mal mortos, razão por que se tornou poeta.

Efeméride importantíssima que tu, Adão, meu amigo tão bem soubeste referenciar e que orgulhosa venho confirmar.

Um beijinho e obrigada.


(Imagem da Net: Olhares)
Há, pelo menos, meio século que estas estacas impedem os avanços do mar na ponta da restinga do Lobito. Sabes...são os piratas que velam na praia...


Em tempos que já lá vão,
às portas do mar
daquela bela cidade flaminga
aportou um navio pirata
que em peleja disputava
a rubra beleza
e a opulenta riqueza
duma terra desconhecida.

À conquista da restinga
valido de paixão
em poesia naufragava...
Em noites de luar
a praia ia beijar
num manso sussurro,
numa quente serenata,
numa memória a recordar.

E... num belo dia,
uma loira criança nascia
nas areias dum tropical Verão.
Crescendo, aquela voz escutava
e, a ela, para sempre, ficou presa.
Era o mar que, insistente, a chamava
e o poema lhe emprestava
num segredo de piratas por revelar.


Faz hoje anos a minha querida amiga

Principais acontecimentos registados no dia 07 de Novembro:

1831 - O comércio de escravos é proibido no Brasil.
1879 - Nasce Léon Trotsky, revolucionário russo.
1913 - Nasce o escritor francês Albert Camus, autor de "O Estrangeiro", Prémio Nobel de Literatura em 1957.
1917 - Revolução de Outubro. O partido Bolchevique, liderado por Lenine, toma o poder na Rússia, derrubando o governo de Alexander Kerenski.
1929 - Abre ao público o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque.
1944 - Franklin Delano Roosevelt é reeleito para o quarto mandato na Presidência dos EUA.
1956 - Crise do Suez. Britânicos e franceses declaram o cessar-fogo no Egipto.
1957- Nasce Maria Isabel Dias Branco Lameirão, na cidade do Lobito, Angola, que a contaminou para sempre com o cheiro do mar e da terra vermelha e os sussuros nocturnos dos antigos piratas mal mortos, razão por que se tornou poeta.
1972 - A Alemanha Federal e a RDA anunciam o restabelecimento de relações diplomáticas, após 23 anos de separação.
1973 - Os EUA e o Egipto anunciam o restabelecimento de relações diplomáticas e a troca de embaixadores.
1975 - O centro emissor da emissora católica portuguesa Rádio Renascença é destruído por uma bomba.
1980 - Morre o actor norte-americano Steve McQueen.
1983 - O inventor português José Coelho dos Santos recebe a medalha de ouro da Feira de Nuremberga, pela criação de um tijolo especial para a construção civil.
1985 - Tropas colombianas tomam de assalto o Palácio da Justiça, em Bogotá, onde guerrilheiros do grupo M-19 mantinham reféns 60 pessoas. Há 50 mortos nos confrontos.
1989 - Demite-se o governo da República Democrática Alemã.
1990 - Morre o escritor britânico Lawrence Durrell, 78 anos, autor da tetralogia "Quarteto de Alexandria".
1991 - Chegam a Portugal os restos mortais de Henrique Galvão, que comandou o sequestro do navio Santa Maria, em 1961, numa operação de combate à ditadura.
- Independência do Azerbaijão.
1993 - "Vale Abraão", de Manoel de Oliveira, recebe o Prémio da Crítica da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
1995 - José Saramago recebe o Prémio Camões.
1996 - Um incêndio destrói a cúpula do edifício da Câmara Municipal de Lisboa.
2000 - Presidenciais nos EUA. O candidato republicado George W.Bush ganha em número de votos do Colégio Eleitoral, apesar de o democrata Al Gore conquistar mais votos no conjunto do país. A decisão sobre a contagem de votos na Florida estender-se-á por mais de um mês.
- Hillary Clinton, mulher do ex-presidente Bill Clinton, é eleita senadora pelo Estado de Nova Iorque.
2002 - A população de Gibraltar recusa, em referendo, a partilha da soberania entre o Reino Unido e a Espanha, com 98,8% dos votos.
- Surge o Correio de Timor, primeiro jornal em língua portuguesa desde 1975, em Timor-Leste.
- O presidente da República Portuguesa, Jorge Sampaio, veta o diploma que prevê a autorização de funcionamento de um casino em Lisboa.
2003 - Cimeira Luso-Espanhola. Os governos português e espanhol estabelecem os termos para o Mercado Ibérico de Electricidade.
- Iraque. Um helicóptero Black Hawk é abatido perto de Tikrit. Morrem seis militares norte-americanos.
2004 - Governo português prolonga presença da GNR no Iraque por mais três meses, até depois das eleições de 30 de Janeiro.
- Começa a ofensiva dos EUA no Iraque para a conquista de Fallujah.
- A atleta Vanessa Fernandes vence a etapa brasileira da Taça do Mundo do Triatlo.
2005 - É decretado recolher obrigatório nos arredores de Paris. - Angola declara, oficialmente, o fim da epidemia de febre hemorrágica, provocada pelo vírus de Marburg, que causou 227 mortos, num total de 252 casos, registados desde Outubro de 2004.
- O ex-presidente peruano Alberto Fujimori é preso no Chile.
- "Alice", de Marco Martins, nomeado para Prémios do Cinema Europeu.
2006 - Portugal disponibiliza 7,2 milhões de euros para apoiar projectos de desenvolvimento na Guiné-Bissau.
- O muçulmano britânico Dhiren Barot, acusado de planear vários atentados nos estados Unidos e na Grã-Bretanha, é condenado a prisão perpétua por um tribunal de Londres.
- O antigo presidente iraquiano Saddam Hussein comparece em tribunal, onde está a ser julgado por crime de genocídio contra os curdos, dois dias depois de ter sido condenado à morte por enforcamento num outro processo.
- Pelo menos 17 pessoas morrem e 20 ficam feridas num atentado suicida cometido num café num bairro xiita de Bagdad.
- Dhiren Barot, britânico convertido ao islamismo e considerado um dos braços direitos de Osama Bin Laden no Reino Unido, é condenado a prisão perpétua.
- O Panamá é eleito membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU.
- Morre Jean Jacques Servan.Schreiber, 82 anos, jornalista e político francês, fundador do semanário L´Express.

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Este é o tricentésimo décimo primeiro dia do ano. Faltam 54 dias para o termo de 2007.
Pensamento do dia: "É preciso entrar em estado de palavra. Só quem está em estado de palavra pode enxergar as coisas sem feitio". Manoel de Barros (1916), poeta brasileiro.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Sigo


(Foto Montagem: Isabel Branco)


Sigo a longa estrada
que meus pés pisam
objectiva, determinada.

E tropeçando, ferida,
levanto-me agradecida
da distância percorrida.

Sigo o pedregoso caminho
que uma estrela orienta
e vou... depressa ou devagarinho.

Quando no meio da encruzilhada
me sinto triste e perdida,
procuro-a e sigo a luz apontada.

Nesta viagem que sigo
recolho pedrinhas, amuletos
de momentos que bendigo.

Com elas construo um museu
duma vida sólida já vivida.
Sigo... coleccionando o meu eu!


Planeta Terra




Absolutamente maravilhoso... divino!



quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Ninguém


(Imagem da Net)


Sou um livro de poemas
que só um poeta sabe ler.

No antes...
No depois...
Durante...

Sou a chama que não se extingue,
mas que incendeia...

Porém...

Sem poeta,
sem poesia,
não sou nada...

Sou ninguém!




Sorrio Sempre


(Imagem da Net)


Sorrio sempre que chegas
mansidão da noite,
lua de prata
na palavra murmurada
e pelos teus dedos digitada.

Sorrio sempre que me aconchegas
atiçando a fogueira das vaidades
que despertas e soltas
dentro de mim em labaredas.

Sorrio sempre que me telefonas,
ave, nos meus ouvidos, liberta
que nas brancas asas da imaginação
voa à minha mente
e nidifica nos cúmulos da emoção.

Sorrio sempre que te penso
e vejo-te miragem,
numa embriagante visão
que ao vento flutua
e intensa se acentua
para depois, distorcida
e sem explicação,
se desvanecer no suave odor
duma fofa almofada.


segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Talvez...


(O Bailado da Garça ) - Olhares


Talvez o barco que se avista no deserto
seja o oásis da praia perdida...
Talvez o farol se situe por perto
e evite o naufrágio, a investida.

Talvez a flauta chore ao som do piano
e seja a orquestra no silvo do vento.
Talvez o eco que se cala insano,

solte o grito e seja o momento.

Talvez o silêncio seja apenas a farsa
na textura do amargo segredo,
pedaço de dor que o tempo disfarça.

Talvez o árido chão seja o degredo,
a asa quebrada no voo da garça
que sonha o espaço quase a medo!




sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Soltai Poetas...


(Imagem da Net)



Soltai poetas,
de vossas gargantas ressequidas
o grito rouco
uníssono e enfurecido
da vossa loucura inofensiva.

Soltai poetas,
de vossas línguas afiadas,
as palavras preferidas
e vociferai às mentes negativas
o seu patético poder!

Soltai poetas,
de vossos corpos esguios,
as asas da imaginação,
dançai, libertai desafios
ecoando no vazio do salão.

Soltai poetas,
de vossas metáforas conseguidas,
os prodígios por dizer
e dizei com a coragem precisa
o que aos outros falta saber.

Soltai poetas,
de vossas almas esquecidas,
a chama ardente sempre viva
e cantai de vossas dores contemplativas
a dor que só os poetas sabem ter!


quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Poema de Azul


(Imagem da Net)



Êxtase... o poema de azul
A linha do horizonte
onde o céu e o mar
sorrindo se abraçam
e, em doce beijo de sal,
no limite do azul se casam...

Parabéns Nanda Martins

Nanda

Hoje é o teu aniversário e com muito carinho te desejo um dia muito feliz, muita saúde e que esta data se repita por muitos e bons anos. Parabéns, querida amiga.

Um beijinho.

terça-feira, 28 de outubro de 2008