quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Ébria de Encanto


(Imagem da Net e Foto Montagem de Isabel Branco)

Bebo do momento
o precioso vinho
e embriagada de espanto
cambaleio, titubeio...
Entre os muros do desalento
fundo-me no silêncio
da negra sombra
que estampo no passeio.

Conto as pedras da calçada,
uma a uma, alucinada...
Rego-as com o meu pranto
e minúsculos miosótis azuis
despontam devagarinho...
Zonza, ao sabor do vento,
neste estar que me escombra,
vagueio, balanceio...

Sôfrega, ébria de encanto,
sorvo da boca adocicada
o beijo do pensamento,
sol que, no caminho
onde miragem te incluis,
me ilumina, me assombra
e poética, distanciada,
do real me alheio...




quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Amas-me


(Imagem da Net)


Amas-me... Orvalho da manhã...
Estrela da tua alvorada,
flor no teu campo desabrochada,
lençol de cetim em tua cama,
néctar da tua boca desejada.

Amas-me... Tarde calma...
Íris dum olhar de fogo
num corpo de água,
pássaro de chama e garra,
sorriso de nostalgia e mágoa.

Amas-me...Brilho de lua...
Barco à deriva no mar
farol no meio da tempestade,
musa no teu poema nua,
naufrágio da tua saudade.

Amas-me... Noite cerrada...
Chuva que te alaga,
rio, sonho da tua alma,
furacão que te arrasa,
mulher, Eva, que te abraça.


terça-feira, 25 de novembro de 2008

Desafio...

Recebi do "Outono" de Pretexto Clássico,

http://pretexto-classico.blogspot.com/

um desafio para responder sobre mim musicalmente...

Serei talvez:



"a estrela do mar", "a amiga dos ventos", "eu e água" e sigo...

1º - Tenho que colocar uma foto minha e opto por um perfil:



2º - Devo escolher um(a) cantor(a) ou uma banda …
- Escolho Maria Bethânia…pela voz quente, pela sensualidade, pelo poema em cada palavra, por cada palavra feita poema e "pelo jeito estúpido de amar"...

3º - Tenho que dar resposta a 10 perguntas, apenas com nomes de músicas do cantor(a) ou banda que escolhi...

1 – És homem ou mulher?
"Menininha", "a moça do sonho", "mulher sempre mulher"...

2 – Descreve-te… (não é pergunta, mas ordem)
Sou o "movimento dos barcos"; "grão de mar", "a noite do meu bem", serei todavia "feiticeira" e "âmbar"

3- O que as pessoas acham de ti?
"Cobras e lagartos", "a dona do ar e do vento", "sensível demais"...

4 - Como descreves o teu último relacionamento?
"Fósforo queimado", "drama", "agora é só cinza"

5 - Como descreves o estado actual da tua relação amorosa?
"Faz-me bem", "chuá-chuá", "explode coração"...

6 – Onde querias estar agora?
Em "todos os lugares", "de papo pro ar"…"falamos depois…"

7 – O que pensas a respeito do amor?
"Eterno em mim", "meu primeiro amor", "só eu sei", "sonho meu, sonho meu"...

8 - Como é a tua vida?
"Estranha forma de vida", "filosofia pura", "roda viva", "volta por cima"

9 – O que pedirias se tivesses um único desejo?
"Começaria tudo outra vez" ou quem sabe o "meu mundo inteiro"

10 - Escreve uma frase sábia… (isto, não é pergunta…mas outra ordem!!!!)
"a saudade mata a gente"

A seguir desafio também:


http://africaempoesia.blogspot.com/

http://paulovianabezerra.blogspot.com/

http://poesiangolana.blogspot.com/

http://omarmequer.blogspot.com/



E como miminho deixo-vos com essa grande voz em:


http://www.youtube.com/watch?v=BDcFa16ZisY




domingo, 23 de novembro de 2008

Parabéns Filhota


Foto de Isabel Branco


Ana Catarina

18 anos... e parece ter sido ontem o som do teu primeiro vagido!
18 anos... em que me deste a alegria suprema de ser mãe!
18 anos... jovem criatura que agora te dão o direito de cidadania completa e a maioridade ambicionada!
18 anos... que recordarás pela vida fora e irás, em algum tempo, desejar voltar a ter pela alegria transbordante que lhes imprimes!
18 anos... e a mágica fantasia que ainda podes mudar alguma coisa neste mundo!
18 anos... e Parabéns... Parabéns, por cada ano celebrado e por seres quem és, minha filha!

Um beijinho e muito amor, da mãe,

Isabel Branco

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Se o Tempo Deixasse...


(Imagem da Net)


Se o tempo deixasse
e o inferno não existisse,
falar-te-ia da enorme noite vazia
que povoa os meus diabólicos dias...
Contar-te-ia do fogo que me abrasa as invernias
e teus olhos de centelhas encheria.
Como gatos siameses
beliscaríamos o silêncio
arranhando os nossos corpos até ao sangue
entre a ira das unhas e o prazer dos dedos.
Revelar-te-ia os mais íntimos segredos,
no roçar dos lábios sedentos
em beijos de sol descobrindo as serranias.
Libertos os ténues véus da neblina,
lançar-te-ia infinitos bruxedos
e, rompendo as ironias,
teu facho de luz permanente erguerias.
Em ti, espalharia os meus medos
e das fúteis incertezas exangue,
em rubra corola, flor explodiria.
Em pira incandescente,
no lânguido abraço da fantasia,
eternamente nos abraçaríamos...
E..., das cinzas crepitantes...,
em cada gesto, renasceríamos!


quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Dúvida


(Imagem da Net)


Dúbia e cruel, a dúvida,
espesso portal de granito
rasgado incólume
nas achas do ciúme,
sibila retorta serpente,
germina e não olvida
o lamento confuso e triste
deste pássaro aflito,
meu eu, em esvoaçar primitivo.

Exala o nostálgico perfume
das mansas e rubras iras,
da branda sensatez esquecida,
e cúmplice do queixume
espraia-se no meu corpo ausente,
(branco, lúcido, esquivo)
e, de minhas penas revestida,
esmorece no silêncio em riste
da minha breve asa partida!


Nova Lisboa, a Minha Amada Cidade



Esta é a outra linda cidade da minha vida, de seu nome, Nova Lisboa.
Se o Lobito foi o meu berço, Nova Lisboa foi, é, e será sempre, a cidade predilecta do meu coração.

Parte de mim, ficou lá...a infância, a adolescência, o sonho... mas, o que hoje sou, é em parte, exemplo do que esta cidade também é: lutadora, resistente, sobrevivente e, ainda que massacrada, fénix das cinzas renascida... jardim de rosas raras em teimosa e festiva harmonia.

Amor da minha vida... só tu, Nova Lisboa!





Outro Sol, Outra Idade...


(Imagem da Net)


Ao barulhar colorido das missangas
um sol, cor de sangue,
reflecte-se no fruto doce das quitandas.
E o cheiro... aquele cheiro,
como outro não há igual,
que, depois da chuvada,
se desprende dos cafezais
exala-se no ar, em bênção renovada...

Na lânguida preguiça do sisal
enraíza-se a garra, a intensidade...
Ah! Lá longe, uma queimada,
que o velho embondeiro
solitário observa...

O capim em cinzas derrubado
estruma o pasto
e o incómodo maribondo,
fugido do alto enxame,
persegue o gado,
e zumbe, zumbe desnorteado...

À sombra dum ressequido cajueiro
adormecem os oiros da tarde
entre os azuis poentes de fogo
e solta-se um verso de saudade
do que a memória ainda preserva
doutro tempo, doutra idade...


terça-feira, 18 de novembro de 2008

Que Pode...


(Imagem da Net)


Que pode um poema
senão a força de o reflectir?

Que pode um pobre poeta
senão a (des)ventura de o sentir?



Um Sonho é Um Sonho...


(Imagem da Net)


Um sonho é um sonho...
Janela aberta... indiscreta...
Um véu... um cortinado da realidade.
Fluir fecundo da mente adormecida,
ilusão da apressada humanidade...

Um sonho é um sonho...
Em círculos ou em linha recta,
labirinto... encruzilhada,
mergulho em água gelada,
catarse desta e doutra vida.

Um sonho é um sonho...
Projecto, ambição incontida
transcendência de poeta, ambiguidade
entre o gerador e a coisa gerada,
atingível meio de imortalidade...

Um sonho é um sonho...
Mentira acontecida,
subtil e discreta
ou, simplesmente... disfarçada...
a outra face da verdade!



The Sorrow of Love

The Sorrow of Love


Yeats



A algazarra dos pardais nos telhados

a lua muito redonda e o céu atulhado de estrelas

e o canto alto das folhas sempre cantantes

tinham ensurdecido o antigo e cansado choro

da terra.

E então chegaste com esses lábios vermelhos

e pesarosos

E contigo chegaram todas as lágrimas do mundo.

E toda a aflição dos seus navios atormentados

E toda a aflição dos seus anos incontáveis.


E agora os pardais à luta nos telhados

A coalhada lua pálida, as brancas estrelas no céu

E a alta cantilena das folhas inquietas

Misturam-se com a velha e fatigante

lamúria da terra.



Pangeia


(Imagem da Net)


Abraço os cinco continentes
numa gigantesca ilha colossal.
Serpenteando-a de longos rios
e fartos mares interiores
circundo-a dum único oceano
e chamo-lhe a majestosa Pangeia!
Uno os povos numa linguagem universal,
escancaro as fronteiras,
visto-as de densas florestas,
frondosas matas e pródigas selvas.
Renovo o ar e despoluo as águas...
Cobro os jardins de flores,
os lamaçais de verdes relvas...
Abulo o ódio e a fome
e promovo a união entre as raças
num só governo multicolor
que aceita os desafios,
impõe a democracia e a liberdade
e a paz determinadamente granjeia,
procurando, de todas as maneiras,
a humana condição em dignidade,
alegria, abundância e cores.

Acordo e percebo, afinal,
que tudo não passou de um sonho!
Que a realidade é angustiante e feia...
Que o mundo se parte e se reparte
e se espalha repartido por toda a parte!
E que a minha grande Pangeia
é apenas uma enorme vontade!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Hay Amores


(Para melhor ouvir este video, desligue ou baixe a Rádio no final da página)



Hay Amores - Shakira

tema musical do filme "Amor em Tempos de Cólera,"

(baseado no belíssimo livro de Gabriel García Márquez, escritor colombiano, Prémio Nobel da Literatura, 1982)



quarta-feira, 12 de novembro de 2008

As Luzes Estavam Apagadas...


(Imagem da Net)


As luzes estavam apagadas...
E os candeeiros, rústicas sentinelas
pelas ruas perfiladas,
erectos silenciavam
segredos em bolas amarelas.

As luzes estavam apagadas...
Mas, as consciências acesas
a cada praguejar do vento,
a cada soluço de lua,
sentiam-se, indelevelmente, presas.

As luzes estavam apagadas...
E, no cego vai vem das ruelas,
rutilantes estrelas triunfavam
nas escuridões indesejadas
em cenário de mil velas.

As luzes estavam apagadas...
E, no mistério das trevas,
na verdade nua e crua
das palavras não usadas,
mentes simples brilhavam!...



Sentada


(Imagem da Net)


Sentada, impávida sobre a verdade,
bordo sanguínea, a ponto cruz,
o esboço fiel da realidade.

Sentada, no lugar da ansiedade,
faço o "zapping" absurdo
do inconveniente, da crueldade.

Sentada, no penedo da saudade,
escrevo o álbum da distância,
das memórias, da inconformidade.


terça-feira, 11 de novembro de 2008

Outra Memória




Esta é outra das minhas Igrejas predilectas, uma outra memória da minha infância.

É a Igreja do Bairro de S. João, em Nova Lisboa, onde fiz a minha 1ª comunhão e a Comunhão Solene.

Recordo com muita saudade o Padre Abel, amigo e conselheiro inesquecível e as missas das 7 h da manhã aos Domingos, antes da catequese. Recordar tudo isto é recuar no tempo e situar-me entre os primeiros e verdes anos e voltar a ser aquela menina despreocupada e feliz de outrora.

Quanta saudade...Deus meu, tenho dela e desse tempo!




(A figurinha que nós fazíamos... e os penteados, meu Deus...!)





segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Não posso deixar de ser reaccionário

Não posso deixar de ser reaccionário


Olho para esta pequena igreja e é a infância perdida que me aparece.
Toda a infância tem um lugar destes.
Mas nem todos os lugares tiveram crianças, como esta África.
Abaixo de Luanda, as brincadeiras continuam indiferentes ao progresso.
A pequena igreja não quer saber dos resorts
nem das disformes ventoinhas da energia eólica
borboletas montruosas espetadas na paisagem.

No passeio desta pequena igreja
Emílio Salgari inventou Sandokan,
quando tinha 13 anos.
E Mariana calçava peúgas brancas, tão brancas
como a pele do seu pescoço.

Às 7 da tarde, o sino chamava para o jantar.

Amen.

domingo, 9 de novembro de 2008

Igreja de Nossa Senhora da Arrábida - Lobito


Esta é a Igrejinha de Nossa Senhora da Arrábida - no Lobito




uma das minhas primeiras e mais belas memórias de infância.




Aqui, neste lugar singelo de quietude, paz,




oração e devoção




tendo o mar por horizonte,




casaram meus pais a 15 de Dezembro de 1956,




rodeados de muitos amigos e familiares




e aqui, também eu fui baptizada a 25 de Dezembro de 1957.


sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Segredo de Piratas


(Imagem da Net: Lobito)

1957- Nasce Maria Isabel Dias Branco Lameirão, na cidade do Lobito, Angola, que a contaminou para sempre com o cheiro do mar e da terra vermelha e os sussuros nocturnos dos antigos piratas mal mortos, razão por que se tornou poeta.

Efeméride importantíssima que tu, Adão, meu amigo tão bem soubeste referenciar e que orgulhosa venho confirmar.

Um beijinho e obrigada.


(Imagem da Net: Olhares)
Há, pelo menos, meio século que estas estacas impedem os avanços do mar na ponta da restinga do Lobito. Sabes...são os piratas que velam na praia...


Em tempos que já lá vão,
às portas do mar
daquela bela cidade flaminga
aportou um navio pirata
que em peleja disputava
a rubra beleza
e a opulenta riqueza
duma terra desconhecida.

À conquista da restinga
valido de paixão
em poesia naufragava...
Em noites de luar
a praia ia beijar
num manso sussurro,
numa quente serenata,
numa memória a recordar.

E... num belo dia,
uma loira criança nascia
nas areias dum tropical Verão.
Crescendo, aquela voz escutava
e, a ela, para sempre, ficou presa.
Era o mar que, insistente, a chamava
e o poema lhe emprestava
num segredo de piratas por revelar.


Faz hoje anos a minha querida amiga

Principais acontecimentos registados no dia 07 de Novembro:

1831 - O comércio de escravos é proibido no Brasil.
1879 - Nasce Léon Trotsky, revolucionário russo.
1913 - Nasce o escritor francês Albert Camus, autor de "O Estrangeiro", Prémio Nobel de Literatura em 1957.
1917 - Revolução de Outubro. O partido Bolchevique, liderado por Lenine, toma o poder na Rússia, derrubando o governo de Alexander Kerenski.
1929 - Abre ao público o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque.
1944 - Franklin Delano Roosevelt é reeleito para o quarto mandato na Presidência dos EUA.
1956 - Crise do Suez. Britânicos e franceses declaram o cessar-fogo no Egipto.
1957- Nasce Maria Isabel Dias Branco Lameirão, na cidade do Lobito, Angola, que a contaminou para sempre com o cheiro do mar e da terra vermelha e os sussuros nocturnos dos antigos piratas mal mortos, razão por que se tornou poeta.
1972 - A Alemanha Federal e a RDA anunciam o restabelecimento de relações diplomáticas, após 23 anos de separação.
1973 - Os EUA e o Egipto anunciam o restabelecimento de relações diplomáticas e a troca de embaixadores.
1975 - O centro emissor da emissora católica portuguesa Rádio Renascença é destruído por uma bomba.
1980 - Morre o actor norte-americano Steve McQueen.
1983 - O inventor português José Coelho dos Santos recebe a medalha de ouro da Feira de Nuremberga, pela criação de um tijolo especial para a construção civil.
1985 - Tropas colombianas tomam de assalto o Palácio da Justiça, em Bogotá, onde guerrilheiros do grupo M-19 mantinham reféns 60 pessoas. Há 50 mortos nos confrontos.
1989 - Demite-se o governo da República Democrática Alemã.
1990 - Morre o escritor britânico Lawrence Durrell, 78 anos, autor da tetralogia "Quarteto de Alexandria".
1991 - Chegam a Portugal os restos mortais de Henrique Galvão, que comandou o sequestro do navio Santa Maria, em 1961, numa operação de combate à ditadura.
- Independência do Azerbaijão.
1993 - "Vale Abraão", de Manoel de Oliveira, recebe o Prémio da Crítica da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
1995 - José Saramago recebe o Prémio Camões.
1996 - Um incêndio destrói a cúpula do edifício da Câmara Municipal de Lisboa.
2000 - Presidenciais nos EUA. O candidato republicado George W.Bush ganha em número de votos do Colégio Eleitoral, apesar de o democrata Al Gore conquistar mais votos no conjunto do país. A decisão sobre a contagem de votos na Florida estender-se-á por mais de um mês.
- Hillary Clinton, mulher do ex-presidente Bill Clinton, é eleita senadora pelo Estado de Nova Iorque.
2002 - A população de Gibraltar recusa, em referendo, a partilha da soberania entre o Reino Unido e a Espanha, com 98,8% dos votos.
- Surge o Correio de Timor, primeiro jornal em língua portuguesa desde 1975, em Timor-Leste.
- O presidente da República Portuguesa, Jorge Sampaio, veta o diploma que prevê a autorização de funcionamento de um casino em Lisboa.
2003 - Cimeira Luso-Espanhola. Os governos português e espanhol estabelecem os termos para o Mercado Ibérico de Electricidade.
- Iraque. Um helicóptero Black Hawk é abatido perto de Tikrit. Morrem seis militares norte-americanos.
2004 - Governo português prolonga presença da GNR no Iraque por mais três meses, até depois das eleições de 30 de Janeiro.
- Começa a ofensiva dos EUA no Iraque para a conquista de Fallujah.
- A atleta Vanessa Fernandes vence a etapa brasileira da Taça do Mundo do Triatlo.
2005 - É decretado recolher obrigatório nos arredores de Paris. - Angola declara, oficialmente, o fim da epidemia de febre hemorrágica, provocada pelo vírus de Marburg, que causou 227 mortos, num total de 252 casos, registados desde Outubro de 2004.
- O ex-presidente peruano Alberto Fujimori é preso no Chile.
- "Alice", de Marco Martins, nomeado para Prémios do Cinema Europeu.
2006 - Portugal disponibiliza 7,2 milhões de euros para apoiar projectos de desenvolvimento na Guiné-Bissau.
- O muçulmano britânico Dhiren Barot, acusado de planear vários atentados nos estados Unidos e na Grã-Bretanha, é condenado a prisão perpétua por um tribunal de Londres.
- O antigo presidente iraquiano Saddam Hussein comparece em tribunal, onde está a ser julgado por crime de genocídio contra os curdos, dois dias depois de ter sido condenado à morte por enforcamento num outro processo.
- Pelo menos 17 pessoas morrem e 20 ficam feridas num atentado suicida cometido num café num bairro xiita de Bagdad.
- Dhiren Barot, britânico convertido ao islamismo e considerado um dos braços direitos de Osama Bin Laden no Reino Unido, é condenado a prisão perpétua.
- O Panamá é eleito membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU.
- Morre Jean Jacques Servan.Schreiber, 82 anos, jornalista e político francês, fundador do semanário L´Express.

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Este é o tricentésimo décimo primeiro dia do ano. Faltam 54 dias para o termo de 2007.
Pensamento do dia: "É preciso entrar em estado de palavra. Só quem está em estado de palavra pode enxergar as coisas sem feitio". Manoel de Barros (1916), poeta brasileiro.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Sigo


(Foto Montagem: Isabel Branco)


Sigo a longa estrada
que meus pés pisam
objectiva, determinada.

E tropeçando, ferida,
levanto-me agradecida
da distância percorrida.

Sigo o pedregoso caminho
que uma estrela orienta
e vou... depressa ou devagarinho.

Quando no meio da encruzilhada
me sinto triste e perdida,
procuro-a e sigo a luz apontada.

Nesta viagem que sigo
recolho pedrinhas, amuletos
de momentos que bendigo.

Com elas construo um museu
duma vida sólida já vivida.
Sigo... coleccionando o meu eu!


Planeta Terra




Absolutamente maravilhoso... divino!



quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Ninguém


(Imagem da Net)


Sou um livro de poemas
que só um poeta sabe ler.

No antes...
No depois...
Durante...

Sou a chama que não se extingue,
mas que incendeia...

Porém...

Sem poeta,
sem poesia,
não sou nada...

Sou ninguém!




Sorrio Sempre


(Imagem da Net)


Sorrio sempre que chegas
mansidão da noite,
lua de prata
na palavra murmurada
e pelos teus dedos digitada.

Sorrio sempre que me aconchegas
atiçando a fogueira das vaidades
que despertas e soltas
dentro de mim em labaredas.

Sorrio sempre que me telefonas,
ave, nos meus ouvidos, liberta
que nas brancas asas da imaginação
voa à minha mente
e nidifica nos cúmulos da emoção.

Sorrio sempre que te penso
e vejo-te miragem,
numa embriagante visão
que ao vento flutua
e intensa se acentua
para depois, distorcida
e sem explicação,
se desvanecer no suave odor
duma fofa almofada.


segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Talvez...


(O Bailado da Garça ) - Olhares


Talvez o barco que se avista no deserto
seja o oásis da praia perdida...
Talvez o farol se situe por perto
e evite o naufrágio, a investida.

Talvez a flauta chore ao som do piano
e seja a orquestra no silvo do vento.
Talvez o eco que se cala insano,

solte o grito e seja o momento.

Talvez o silêncio seja apenas a farsa
na textura do amargo segredo,
pedaço de dor que o tempo disfarça.

Talvez o árido chão seja o degredo,
a asa quebrada no voo da garça
que sonha o espaço quase a medo!