Que importa agora a raiz,
o sonho, o inesperado
ou, quiçá, até o combinado
se a eternidade afinal dura tão pouco
e é agora o momento de ser feliz?!
A maré muda, ao vento amainado
e o local calmo e tranquilo
com a rede balançando
de repente vira o centro do furacão.
Passado é passado
e o futuro... incógnito, ignorado!...
Escrevo-te, agora, poema a giz
na negra ardósia do instante
que nos torna naquilo
que nos devolve o coração,
pétala rubra fascinante,
no momento oportuno,
ainda que desassossegado.
Isabel Branco