sábado, 2 de junho de 2012

Absurdos...








O absurdo maior,
o maior dos absurdos
não fazia sentido...
Num ápice...agora faz...
Agora joga com o tempo perdido
e inverte qualquer recomeço,
qualquer fim ou dor.
De mal a pior,
a noção, a certeza, a prova,
em  movimentos surdos,
mostram quão incapaz
se articula a vontade
no julgamento da palavra!
A inocência, a verdade, o amor...
Ah!!! Como absurdos pesam 
na balança dos silêncios,
no toque febril dos sentidos!
Ecos de liberdade
pedindo vida e ganhando cor...
Afinal de contas, desde o berço,
de absurdos sou filha e escrava,
e até à morte, bandeira desfraldada,
meu estandarte e clamor!

Isabel Branco