quarta-feira, 27 de novembro de 2013

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Não Sou Nada...




Não sou nada...

Senão este princípio de morte 


em que meus dias apodrecem... 


Das tantas almas que tenho


a duas me apego...


Uma... cobre-se de véus,


de sonhos, tinta e fantasia.


Escorre lânguida por linhas tortas


na branca macieza do papel...


A outra... ingrata e louca,


desvairada e sem sorte,


ergue castelos que se desvanecem


num frouxo nó cego


de dúvidas sem respostas...


Duas chamas... Dois fogaréus...


Duas pobres folhas mortas...


Dois estares sem tamanho


presos num espelho fiel...


No incessante rodopiar do ego


antes quebrava que torcia...


Não sou nada... e não sabia! 




Isabel Branco