terça-feira, 18 de novembro de 2008

Pangeia


(Imagem da Net)


Abraço os cinco continentes
numa gigantesca ilha colossal.
Serpenteando-a de longos rios
e fartos mares interiores
circundo-a dum único oceano
e chamo-lhe a majestosa Pangeia!
Uno os povos numa linguagem universal,
escancaro as fronteiras,
visto-as de densas florestas,
frondosas matas e pródigas selvas.
Renovo o ar e despoluo as águas...
Cobro os jardins de flores,
os lamaçais de verdes relvas...
Abulo o ódio e a fome
e promovo a união entre as raças
num só governo multicolor
que aceita os desafios,
impõe a democracia e a liberdade
e a paz determinadamente granjeia,
procurando, de todas as maneiras,
a humana condição em dignidade,
alegria, abundância e cores.

Acordo e percebo, afinal,
que tudo não passou de um sonho!
Que a realidade é angustiante e feia...
Que o mundo se parte e se reparte
e se espalha repartido por toda a parte!
E que a minha grande Pangeia
é apenas uma enorme vontade!

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