quarta-feira, 30 de abril de 2014

terça-feira, 22 de abril de 2014

quarta-feira, 16 de abril de 2014

segunda-feira, 14 de abril de 2014

4 Míseros Banquitos



Para quem não sabe o que isto é passo a explicar: quatro míseros bancos de plástico daqueles que se compram por atacado nas lojas chinesas ao preço da uva mijona, mas não quatro bancos quaisquer pois contam uma história...e não me chamem louca...pois apenas a vou contar.
Uma história daquelas cabeludas, digna dum CSI, por tão viajados serem nos últimos dias...tão ameaçadores e coagidores, afinal misturam-se à história dum projeto mal acabado de matéria ambulante sem escrúpulos, a um ser abjeto e desprezível que se intitula rei e herdeiro dos ditos assentos.
São 4 pedaços quadrados, ocos, estúpidos, vazios, corriqueiros, cada um com 4 patas...4 tentáculos de sustentação de rabos cagarolas, fedorentos e quem sabe até pecaminosos... daqueles que nunca beberam chá quando eram pequeninos... apenas o entornaram.
Cada um destes “mochos”, como na sua sabedoria lhes chamaria a minha finada avozinha, tem um nome que, por coincidência ou não, se ajusta clinicamente ao caráter de quem tanto os ama como irmãos de criação e tem por eles um amor reconhecidamente sensitivo/afetivo que se não fosse tão caricato seria hilariante. Ora então:
O primeiro chama-se – Covarde, o 2º - Sem Caráter, o 3º - Ladrão e o 4º - Escroque!
Apelam-se de dignidade e afinal andam por aí a gerar dívidas, comendo e vivendo à conta do que sonegam do trabalho alheio, catrapiscando as garotinhas mais incautas e agindo na sombra com golpadas de mestre que lhe são tão peculiares. Realmente...são muito convencidos estes nacos plastificados...
Mas adiante...na história. Estes badamecos destes bancos tem uma particularidade, trepam uns por cima dos outros, unem-se num só, arrumadinhos num cantinho disfarçados de inúteis.
E há meses...à traição como seria de esperar, entre uma ganza ou outra, acopularam-se e (imaginem só...) fizeram um filho. Um filho da mãe dum problema bicudo a que até já sabem que nome dar: golpe da barriga se sair à mãe, golpe do baú se sair ao pai. Mas como quem dorme com crianças amanhece molhado...não tarda galgam das pernas e ala que se faz tarde até à próxima vítima. Espertos os tais bancos. Fica o aviso às meninas desprevenidas...anda à solta a quadratura das bestas. Cuidado...”preservar e cuidar” palavras de militar não é o que está a dar. Utilizar e abandonar palavras de palitar isso sim...é sempre a andar!!!!!
Passearam juntinhos e felizes, de cá para lá dentro dos porta bagagens, entra carro e sai carro em busca da casa encantada. Encontraram o destino...que lindo...uma cozinha nova para os 4 objetos servirem de amparo a rabinhos cansados, necessitados de apoio, o “Covarde”com medo da vizinhança e dos cobradores, o Sem Caráter aquele traste convencido e jingão de sempre, o “Ladrão” roubando como tão bem sabe fazer e o “Escroque” aperfeiçoando a técnica.
Quanto a mim...numa modesta opinião, a vontade era parti-los “cornos abaixo”, (perdoem a expressão menos própria, mas infinita e deliciadamente imaginada), escavacá-los em pedaços na cabeça do “campeão da parada” que os traz à cena, talvez assim fossem personagens de jeito nesta história sem sentido. Mas, e já que da fama de bruxa não me livro, atentai...pois que... eu os amaldiçoo até à vigésima quinta geração de bancos, banquinhos e banquetas, “banquelas e bancões” apelando a todos os seres superiores que do Além me protegem e me regem eu vos condeno a pagar, nesta vida, e a provar da vossa própria medíocre plasticidade...pois afinal, de 4 míseros senta cus nunca hão-de passar. Estão marcados! Fatalmente malditos. Quem em vós, distraído, se sentar um dia há-de no chão terminar!...

Ahahahahaahahah...ahahahah...ahahhahah....a minha gargalhada de escárnio!...

Isabel Branco

quarta-feira, 2 de abril de 2014