sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Soltai Poetas...


(Imagem da Net)



Soltai poetas,
de vossas gargantas ressequidas
o grito rouco
uníssono e enfurecido
da vossa loucura inofensiva.

Soltai poetas,
de vossas línguas afiadas,
as palavras preferidas
e vociferai às mentes negativas
o seu patético poder!

Soltai poetas,
de vossos corpos esguios,
as asas da imaginação,
dançai, libertai desafios
ecoando no vazio do salão.

Soltai poetas,
de vossas metáforas conseguidas,
os prodígios por dizer
e dizei com a coragem precisa
o que aos outros falta saber.

Soltai poetas,
de vossas almas esquecidas,
a chama ardente sempre viva
e cantai de vossas dores contemplativas
a dor que só os poetas sabem ter!


quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Poema de Azul


(Imagem da Net)



Êxtase... o poema de azul
A linha do horizonte
onde o céu e o mar
sorrindo se abraçam
e, em doce beijo de sal,
no limite do azul se casam...

Parabéns Nanda Martins

Nanda

Hoje é o teu aniversário e com muito carinho te desejo um dia muito feliz, muita saúde e que esta data se repita por muitos e bons anos. Parabéns, querida amiga.

Um beijinho.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

domingo, 26 de outubro de 2008

Aquele Barquinho

(Imagem da Net)


Vês aquele barquinho ali no molhe ancorado?
Andou pelo mar tanto tempo perdido...
Viajou pelo mundo e foi de cidade em cidade!
Vês como é lindo,
com letras a vermelho e pintado de azul?
Vês...? Consegues ler-lhe o nome meio sumido?
Tem, à frente, um pequeno cruzeiro do sul
num dos lados habilmente desenhado
e chama-se, (óh ironia), SAUDADE!


sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Parabéns, Eduardo



(Para ouvir a música deste vídeo, basta baixar o som da Rádio Nostalgia, no final da página)


Queridíssimo amigo Eduardo Homem,

hoje, também aniversariante,
desejo-te um dia escorpionicamente feliz,
saúde e poesia e muitos anos de vida.

Parabéns, Parabéns, Parabéns!

Um beijinho


Parabéns, Adão



(Para ouvir a música deste video, basta baixar o som da Rádio Nostalgia, no final da página)

Adão

Há quantos milénios nos conhecemos?
Há quantas luas abraçamos o mar?
Há quantos sóis ardemos nas fogueiras da paixão?
Há quantas maçãs provamos do doce pecado de existir e sonhar?
Afinal, em cada Outono renascemos
em novas Primaveras de celebração
e todo o tempo é tão pouco para o festejar...

Parabéns, querido amigo por este aniversário.
Brindemos a cada lua, a cada sol
que no teu horizonte verás despontar.

Tchim-tchim e um beijinho,





quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Mudança da Hora

No dia 26 de Outubro, tem início o período de "Hora de Inverno".
Assim, os relógios irão ser atrasados de 60 minutos às 2h00 da madrugada de Domingo em Portugal continental e na Região Autónoma da Madeira, passando para a 1h00.


Não se esqueçam de atrasar o relógio 1 hora de Sábado para Domingo!


quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Num Só Corpo


(Imagem da Net)

Estás no meu espaço interactivo!
Partilhas da minha mente
e ao meu ser és pele e incentivo,
acto, total e intensamente...

Em mim, seguro e fundido
te firmas e nos confirmas
juntos num só corpo tão unido
te defines e me afirmas.

Rasgas-me o ventre de emoção
e inundas-me de prazer,
numa carícia, sem sujeição...

Num tempo ainda por viver
sem malícia, com paixão,
deixas-me teu chão acontecer...



Entrevista a Isabel Branco na RTP ÁFRICA



Entrevista à RTP ÁFRICA com a jornalista Graça Chaves



(Para ouvir bem, baixe o som da Rádio Nostalgia no final da página)


terça-feira, 21 de outubro de 2008

Havemos de Voltar!


(Imagem da Net)

Havemos de voltar!
Mais velhos...
Diferentes...
Derrotados...
Cinzas...
Pó...
Sementes
arrastadas pelo vento
num pôr de sol de fogo...
Levados na fúria da maré...
Mas havemos de voltar
numa trovoada tropical,
derrubados
beijaremos a terra
e voltaremos, serenos,
a florescer no capinzal.


(de: A Outra Parte de Mim... em Dez Degraus até ao Sol)

Contrição


(Imagem da Net)

Fui calema...
Embalo do meu corpo húmido
na ondulação dos teus cabelos...

Fui poema...
Arrepio de meu seio túmido
na geografia dos teus pêlos...

Sou problema...
Frenesim do meu sonho carcomido
no eco surdo dos teus apelos...



segunda-feira, 20 de outubro de 2008

"Neves e Sousa - Pintor de Angola"





Lançamento do Livro "Neves e Sousa - Pintor de Angola"


Com grato prazer e orgulho, a Associação dos Antigos Alunos do Liceu Salvador Correia Portugal, foi convidada pelo seu Associado Miguel Anacoreta Correia, a participar na divulgação do lançamento do livro cuja elaboração foi coordenada por ele, com o título "NEVES E SOUSA pintor de Angola".

A cerimónia de lançamento decorrerá no próximo dia 25 de Outubro pelas 17:00, na Livraria-Galeria Verney, sita à Rua Cândido dos Reis n.ºs 90 / 90-A em Oeiras.

Tendo Neves e Sousa sido antigo aluno do Salvador Correia e sendo a sua obra, não só sobre Angola, mas sobre todos os países de língua portuguesa excepto Timor, é nosso dever participar nesta divulgação, para que todos os interessados possam estar presentes na cerimónia de lançamento, o que será mais uma demonstração de pujança e solidariedade de todos nós.

Poderão apreciar alguns excertos da obra, no site organizado pela Associação dos Antigos Alunos do Liceu Salvador Correia indicado abaixo.

http://www.salvadorcorreia.com/nevesesousa/


Desde já, os nossos agradecimentos antecipados a todos os que compareçam, aos que desejando estar presentes não possam e aos que de alguma forma, contribuam para a divulgação, tanto da cerimónia de lançamento, como da obra sobre o Neves e Sousa

Eurico Neto
Presidente da Direcção da AAALSC-P


(Substitui a foto, aqui anteriormente colocada, por não ser obra deste autor, conforme comentário do meu amigo Lino)

domingo, 19 de outubro de 2008

Mar e Amar


(Imagem da Net)

O mar é meu calmante natural!...
A minha fonte de inspiração...
A minha vontade de partir,
o meu desejo de ficar,
a minha esperança de mudar.
Mar é lágrima e, é tudo, afinal:
Distância, prolongamento, separação,
Mar, amar... palavra por definir...
Mar, amar, sofrer, abnegar.
Do mar, meu amor, há-de voltar.


(In 40 Anos Depois, 2006)



Jardim Secreto


(Imagem da Net)

Sei de um jardim florido,
algures, secretamente escondido,
onde os murmúrios do vento
parecem doce lamento,
espalhando sementes de "NÓS"!...


(In: Filhos d'Alma, 2004)





sábado, 18 de outubro de 2008

Erros acontecem

Amigos


Erros acontecem e com eles aprendemos. Na passada quinta feira, cometi um, que anulou e arruinou todo o Pangeia anteriormante já construído.

A morte súbita, estúpida e inesperada duma amiga, deixou-me de, tal forma abalada, que num dos meus repentes de revolta não sei que fiz e estraguei tudo o que já estava feito. Embora ainda não esteja em mim, mas como sou extremamente teimosa resolvi primeiro tentar reparar, o que não consegui pois, nestas coisas de blogs sou um zero, depois resolvi copiar o que existia para um novo blog.

Peço imensas desculpas a todos os amigos que fizeram comentários mas como não os queria perder, a forma melhor que encontrei foi copiá-los na totalidade e voltar a colocá-los através do meu campo de comentário. São-me demasiadamente especiais para os perder. Enviei um mail a todos informando a mudança de endereço deste blog e espero que a partir de agora tudo se normalize. Conto convosco e com a vossa participação e comentários para levar em frente, este projecto de lazer na divulgação da poesia. Parece-me que ainda persiste um errito no esquema do blog mas com calma tentarei repôr tudo devidamente. Já agora se algum de vós perceber destas coisas aceitam-se dicas.

Apesar de tudo, a vida é bela e temos de continuar a vivê-la o melhor que pudermos e aproveitando todo o tempo que nos resta.

Um beijinho e obrigada a todos



sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Matutina

Segunda-feira, 13 de Outubro de 2008



(foto: de Isabel Branco)

O Tejo ali está!... Sereno,
no seu azul dor,
espelhando um sol vadio
que indolente se esquiva
entre farrapos de nuvens.
Quase soa despercebida
a doce melodia duma flauta de pã...
Ao longe, a ponte cruza o rio,
e um bando de gaivotas,
num uníssono clamor,
reclama ao desafio,
o alimento, a vida, a presença.
Amontoam-se em pequenas ilhotas
e, embora esteja frio,
bailam na placidez das águas
gritando entre si a indiferença.
Outro dia que começa ameno!
Outro jornal que se folheia lento!
Outra esperança furtiva
neste cansaço rotineiro e doentio...
Assim, embarca esmorecida,
esta espécie de tristeza pagã,
na calma e quietude imensa
das primeiras horas da manhã!

Etiquetas: Meus Poemas
publicada por Isabel Branco @ 13:38


Parabéns, Melanie

Domingo, 12 de Outubro de 2008





Querida amiga
Ainda que,
com algum atraso...
Um beijinho
e muitas felicidades.



Etiquetas: Amigos;Aniversários
publicada por Isabel Branco @ 00:05

Sou das Terras do Fim do Mundo

Sábado, 11 de Outubro de 2008



(Imagem da Net)

Sou das terras do fim do mundo,
do mesmo País que tu.
Do sol ardente,
do mar profundo,
da savana seca, rastejante,
da picada vermelha sem fim,
do urro do elefante,
dos tambores e do capim.
Sou nascida no continente,
manga gigante
apetecida e imponente
doutras gentes e doutra cor,
do mulato e do negro zulu.
Sou África à nascença,
selva, rio, correnteza
e África guardo dentro de mim.
Sou o azul da diferença,
da majestosa beleza,
do local onde nasci!
Sou das terras do fim do mundo,
meu paradisíaco jardim.


Etiquetas: Meus Poemas
publicada por Isabel Branco @ 20:59

Ai que saudades eu tenho...de ti Luanda...de ti Angola

Sexta-feira, 10 de Outubro de 2008




Querida amiga Ondina Teixeira conhecida entre um grande grupo de angolanos como a "Flor do Campo" ai que saudades todos nós temos daquela terra tão bela e tão boa que se entranhou na nossa essência e faz parte de nós, permanentemente.

Um beijinho, Flor


Etiquetas: As minhas cidades;Poesia;Videos
publicada por Isabel Branco @ 21:45

Tributo a Brel

Sexta-feira, 10 de Outubro de 2008




O meu pequeno tributo ao "grande" Jacques Brel
30 anos que são passados ontem, sobre a sua morte.
Porém, imortal...
Embora, curiosamente, tenha dito que:
"Os homens prudentes são os inseguros"
e que
"Na vida de um Homem,
há duas datas importantes o nascimento e a morte.
Tudo o que fazemos no meio não interessa."

Et BREL, je ne te quitte pas, jamais...




(Fotos da Net: montagem de Isabel Branco)

Etiquetas: Músicas e Canções da Minha Vida;Videos
publicada por Isabel Branco @ 19:46

Tabacaria de Álvaro de Campos na Voz de João Villaret

Quarta-feira, 8 de Outubro de 2008




...."Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada."

....

Etiquetas: Poesia;Videos
publicada por Isabel Branco @ 22:43

Dói-me

Quarta-feira, 8 de Outubro de 2008



(Imagem da Net)

Dói-me o manto da noite
de ouro da lua bordado
sob o meu corpo nu e cansado.

Dói-me a brisa do teu mar
prata desfeita em espuma
cama dum sonho perdido em bruma...



Etiquetas: Meus Poemas
publicada por Isabel Branco @ 18:32


Escrevi-te um Poema

Terça-feira, 7 de Outubro de 2008



(Imagem da Net)

Escrevi-te um poema
na areia húmida da praia.
Mas o mar ciumento
rugiu, bradou,
e depressa o levou
enrolado numa onda.

Escrevi-te um poema
na macieza duma nuvem.
Mas o céu, num lamento,
se abriu e chorou,
e depressa o apagou
inundado de chuva.

Escrevi-te um poema
nas pétalas duma flor.
Mas a fúria do vento
bramiu, assobiou
e depressa o soltou
levado sem dó.

Escrevi-te um poema
nas breves asas do tempo.
Mas o amor do momento
fugiu, escapou
e depressa se calou
esgotado de saudade.



Etiquetas: Meus Poemas
publicada por Isabel Branco @ 19:24


Isto é Poesia

Terça-feira, 7 de Outubro de 2008


Há um riso nos meus olhos que parece o sol dentro deles!

Isto é poesia.

Quase
Um pouco mais de sol - eu era brasa,
Um pouco mais de azul - eu era além.

Isto também é poesia.

Nem a intimidade da tua fronte clara como uma festa,
nem o hábito do teu corpo, ainda de menina e misterioso e tácito,
nem a sucessão da tua vida assumindo palavras ou silêncios
serão favor tão misterioso
como olhar o teu sono envolvido
na vigília dos meus braços:
Virgem milagrosamente outra vez, pela virtude absolutória do sono,
serena e resplandecente como a alegria que a memória escolhe,
dar-me-ás essa margem da tua vida que tu própria não tens.
Entregue à serenidade,
divisarei essa praia última do teu ser
e ver-te-ei acaso pla primeira vez
como Deus te verá,
já dissipada a ficção do Tempo,sem o amor, sem mim.

E isto?

Que parece o sol dentro deles – é esta faculdade de ver o irreal dentro do real que faz o poeta.

Ainda bem que falta um pouco de sol e um pouco de azul, porque é essa falta que nos incita ao sonho.

E só mesmo o sono te torna virgem outra vez.


Etiquetas: Poesia
publicada por Adão @ 17:28

"A INÚTIL" escreveu a Miguel Sousa de Tavares - A todos os Professores!

Terça-feira, 7 de Outubro de 2008



(Imagem da Net)

Porque mereceu a minha atenção, e admiro a frontalidade, trancrevo:

" 'A inútil'escreveu assim a Miguel de Sousa Tavares : sobre os Professores

É do conhecimento público que o senhor Miguel de Sousa Tavares considerou 'os professores os inúteis mais bem pagos deste país.' Espantar-me-ia uma afirmação tão generalista e imoral, não conhecesse já outras afirmações que não diferem muito desta, quer na forma, quer na índole. Não lhe parece que há inúteis, que fazem coisas inúteis e escrevem coisas inúteis, que são pagos a peso de ouro? Não lhe parece que deveria ter dirigido as suas aberrações a gente que, neste deprimente país, tem mais do que uma sinecura e assim enche os bolsos? Não será esse o seu caso? O que escreveu é um atentado à cultura portuguesa, à educação e aos seus intervenientes, alunos e professores. Alunos e professores de ontem e de hoje, porque eu já fui aluna, logo de 'inúteis', como o senhor também terá sido. Ou pensa hoje de forma diferente para estar de acordo com o sistema?

O senhor tem filhos? - a minha ignorância a este respeito deve-se ao facto de não ser muito dada a ler revistas cor-de-rosa. Se os tem, e se estudam, teve, por acaso, a frontalidade de encarar os seus professores e dizer-lhes que 'são os inúteis mais bem pagos do país.'? Não me parece... Estudam os seus filhos em escolas públicas ou privadas? É que a coisa muda de figura!
Há escolas privadas onde se pagam substancialmente as notas dos alunos, que os professores 'inúteis' são obrigados a atribuir. A alarvidade que escreveu, além de ser insultuosa, revela muita ignorância em relação à educação e ao ensino. E, quem é ignorante, não deve julgar sem conhecimento de causa. Sei que é escritor, porém nunca li qualquer livro seu, por isso não emito julgamentos sobre aquilo que desconheço. Entende ou quer que a professora explique de novo?

Sou professora de Português com imenso prazer. Oxalá nunca nenhuma das suas obras venha a integrar os programas da disciplina, pois acredito que nenhum dos 'inúteis' a que se referiu a leccionasse com prazer. Com prazer e paixão tenho leccionado, ao longo dos meus vinte e sete anos de serviço, a obra de sua mãe, Sophia de Mello Breyner Andersen, que reverencio. O senhor é a prova inequívoca que nem sempre uma sã e bela árvore dá são e belo fruto. Tenho dificuldade em interiorizar que tenha sido ela quem o ensinou a escrever. A sua ilustre mãe era uma humanista convicta. Que pena não ter interiorizado essa lição! A lição do humanismo que não julga sem provas! Já visitou, por acaso, alguma escola pública? Já se deu ao trabalho de ler, com atenção, o documento sobre a avaliação dos professores? Não, claro que não. É mais cómodo fazer afirmações bombásticas, que agitem, no mau sentido, a opinião pública, para assim se auto-publicitar.

Sei que, num jornal desportivo, escreve, de vez em quando, umas crónicas e que defende muito bem o seu clube. Alguma vez lhe ocorreu, quando o seu clube perde, com clubes da terceira divisão, escrever que 'os jogadores de futebol são os inúteis mais bem pagos do país.'? Alguma vez lhe ocorreu escrever que há dirigentes desportivos que 'são os inúteis' mais protegidos do país? Presumo que não, e não tenho qualquer dúvida de que deve entender mais de futebol do que de Educação. Alguma vez lhe ocorreu escrever que os advogados 'são os inúteis mais bem pagos do país'? Ou os políticos? Não, acredito que não, embora também não tenha dúvidas de que deve estar mais familiarizado com essas áreas. Não tenho nada contra os jogadores de futebol, nada contra os dirigentes desportivos, nada contra os advogados. Porque não são eles que me impedem de exercer, com dignidade, a minha profissão. Tenho sim contra os políticos arrogantes, prepotentes, desumanos e inúteis, que querem fazer da educação o caixote do (falso) sucesso para posterior envio para a Europa e para o mundo. Tenho contra pseudo-jornalistas, como o senhor, que são, juntamente com os políticos, 'os inúteis mais bem pagos do país', que se arvoram em salvadores da pátria, quando o que lhes interessa é o seu próprio umbigo.

Assim sendo, sr. Miguel de Sousa Tavares, informe-se, que a informaçãozinha é bem necessária antes de 'escrevinhar' alarvices sobre quem dá a este país, além de grandes lições nas aulas, a alunos que são a razão de ser do professor, lições de democracia ao país. Mas o senhor não entende! Para si, democracia deve ser estar do lado de quem convém.

Por isso, não posso deixar de lhe transmitir uma mensagem com que termina um texto da sua sábia mãe:

Perdoai-lhes, Senhor
Porque eles sabem o que fazem.

Ana Maria Gomes
Escola Secundária de Barcelos



Etiquetas: Frontalidades
publicada por Isabel Branco @ 12:57

Hoje vi

Terça-feira, 7 de Outubro de 2008



(Imagem daNet)

Hoje vi as ruas alcatifadas
de mil folhas tontas
perdidas e amareladas.

Vi a chuva abrupta
inundar a suja cidade
caindo imensa e bruta.

Vi o frio penetrar-me
os ossos doloridos
e sinto-o enregelar-me.

Vi o vento furibundo
e as árvores gemendo
segurando as raízes ao fundo.

Vi as gentes tresloucadas
em transportes apinhados
com buzinas irritadas.

Vi a barafunda criada,
o fumegar entre a névoa
da quentinha castanha assada.

Vi o meu sol desaparecido
e a tua boca calada
e anoiteci dum dia aborrecido.

E vi que em lado nenhum vi
nem cor, nem alegria, nem luz
e, na melancolia, me escondi.


Etiquetas: Meus Poemas
publicada por Isabel Branco @ 09:18

Planicie Alentejana

Domingo, 5 de Outubro de 2008



(Imagem da Net)

Na grande planície alentejana
adormece um sol já cansado
lembrando uma savana africana
mas num frio cortante desenhado

A cor palha das searas secas
em rolos amontoada contrasta
com o verde oliva que as pilecas
carregam para azeites de pura casta.

Num poente de Outono de oiro
cobrem-se os montes de solidão
manto estrelado dum príncipe moiro.

Perdido de amores o renegado sultão
na noite semeia, entre o trigo loiro
os luzeiros do seu ferido coração.


Etiquetas: Meus Poemas
publicada por Isabel Branco @ 00:58

4º e último video desta série

Sábado, 4 de Outubro de 2008


Último video desta entrevista a Diego Lora




Etiquetas: Entrevistas:Poesia;Videos
publicada por Isabel Branco @ 21:33

3º Video

Sábado, 4 de Outubro de 2008


Continuando



Etiquetas: Entrevistas;Poesia;Videos
publicada por Isabel Branco @ 20:59

2º Video

Sábado, 4 de Outubro de 2008

Continuação - video 2




Etiquetas: Entrevistas;Poesia;Videos
Publicada por Isabel Branco @ 19:54

Quem é Isabel Branco?

Sábado, 4 de Outubro de 2008


1º Video da Entrevista dada ao meu Editor, Diego Lora, e que serviu de base no dia de apresentação dos meus livros ao público.



Etiquetas: Entrevistas;Poesia;Videos
publicada por Isabel Branco @ 18:45

Que é feito dos Espelhos???

Sábado, 4 de Outubro de 2008



(Imagem da Net)

Que é feito dos espelhos
que, um dia, ousamos penetrar
em gritos de juventude
que tivemos para dar?

Que é feito dos reflexos
que em segredo emitimos
dos tantos e sábios conselhos
que escondidos consentimos?

Que é feito da vitral atitude
que nos fazia sonhar
dos olhos profundos, conexos
que nos permitiam acreditar?

Que é feito do tremor nos joelhos
do vacilar de emoções que sentíamos
voz da primeira imagem rude
que, de nós, reflectida descobríamos?



Etiquetas: Meus Poemas
publicada por Isabel Branco @ 00:04

Não Fora o Sonho

Sexta-feira, 3 de Outubro de 2008



(Imagem da Net)

Não fora o sonho
e o mundo não existia...

Não fora o sonho
e ao sonho não me permitia...

Não fora o sonho
e, de ti, mar não saberia...



Etiquetas: Meus Poemas
publicada por Isabel Branco @ 21:29

Coitados daqueles que viveram os seus sonhos

Sexta-feira, 3 de Outubro de 2008

Sonharam pouco.




Etiquetas:
publicada por Adão @
17:30

Luzes da Ribalta

Quinta-feira, 2 de Outubro de 2008







Fecho os olhos!
Não penso em mais nada...
Deixo que a música
invada os meus sentidos
e se embrenhe empolgada
na minha alma e no meu ser.
Em bicos de pés
rodopia como a bailarina
na sua graça de cisne
na lágrima furtiva
que o pobre palhaço esconde.
Ambos, de despudores despidos
se abraçam nos sonhos
no enlace musical
das Luzes da Ribalta.
Olham-se, tocam-se...
Sentem-se e se entregam
em arrebatado contentamento.
Como pode isto acontecer?
Que anel mágico de fogo
une dois seres na distância?
Numa carícia acontecida,
no toque quente dum beijo
envoltos num único desejo
de, um ao outro, se saberem,
assim, se enleiam até amanhecer.
Aos acordes do piano se confina
o som da magistral melodia
e percebo, então, maravilhada
que em orgasmo de prazer
a volto a ouvir vinda doutra dimensão
e, nos ecos que vibram ainda
na minha cabeça estonteada,
a dou, em tal poder,
por jamais terminada.
Como pode isto acontecer?
Oiço as Luzes da Ribalta
e, mais nada...


(Charlie Chaplin - foto da Net)


Etiquetas: Filmes Favoritos;Músicas e Canções da Minha Vida;Meus Poemas
Publicada por Isabel Branco @ 23:40

Entre as Rugas da Memória

Quinta-feira, 2 de Outubro de 2008



(Imagem da Net)

O tempo, apenas, cumpre a sua função:

Passa, inexoravelmente...

Toldando o sorriso,
embranquecendo os cabelos,
apagando o brilho do olhar,
enfraquecendo o viço,
encanecendo o rosto e o corpo,
desfazendo os nós e os anelos...

Entre as rugas da memória,
o afoito menino continua eterno...
Ainda que escondido, aninhado
algures, no porto sem abrigo
a que aportou o imenso galeão
que mareou na sua história.

Aprendeu, desmedidamente,
quanto o sonho pode magoar,
quanto dói não embarcar
e ficar ao cais amarrado,
mas, teima e, ironicamente,
sabe que vale a pena tentar!



Etiquetas: Meus Poemas
publicada por Isabel Branco @ 22:10

O primeiro menino à direita

Quinta-feira, 2 de Outubro de 2008


O primeiro menino à direita


Mais bonita do que menino, só a palavra menina.
São completamente redondas estas palavras.
Apenas o "i", como um rasgão, interrompe as curvas suaves das duas palavras.
O olhar do primeiro menino à direita chama, de facto, a atenção.
Não o reconheço, hoje.
Era o olhar de um desafiador. Somado ao sorriso irónico de quem se atreve a tudo.
Como me traí!


Etiquetas: Reflexões
publicada por Adão @ 15:21

Relembrando o Lobito

Quinta-feira, 2 de Outubro de 2008


Parabéns à autora deste video: Ana Cristina Mota
que tão bem transparece a cor e a alma lobitanga.






Etiquetas: As minhas cidades;Videos
publicada por Isabel Branco @ 00:45

Lobito, a minha Cidade Natal

Quinta-feira, 2 de Outubro de 2008



Etiquetas: As minhas cidades
publicada por Isabel Branco @ 00:15

Lobito

Quarta-feira, 1 de Outubro de 2008



(Imagem da Net)

Lobito, a minha cidade berço, a sala de visitas de Angola às portas do mar, sempre bela pela cor rósea dos seus elegantes flamingos, pelo porto, cais de embarque em busca doutros destinos...

Lobito, quase igual na lembrança como testemunham as imagens que, recentemente, recebi de amigos que por lá andam.

Brindo ao progresso da minha terra



Etiquetas: As minhas cidades
publicada por Isabel Branco @ 20:39

Menino e Poeta

Quarta-feira, 1 de Outubro de 2008


Um pirata de laço,
menino e poeta,
de estrelas nos olhos
e mundos à descoberta...
Brejeiro e vivaço
de solitários mares profeta
planta magia aos molhos
nas palavras que oferta.



"E foi assim que eu ganhei a minha roupa de poeta. Eu fiquei lindo!..."

José Mauro de Vasconcelos



Etiquetas: Meus Poemas
publicada por Isabel Branco @ 14:31

Um Pirata de Laço

Quarta-feira, 1 de Outubro de 2008





Etiquetas: Amigos;Fotos
publicada por Adão @ 13:17

Temor

Quarta-feira, 1 de Outubro de 2008



(Imagem da Net)

Temes e adias o momento
físico do nosso encontro.
Temes o encanto quebrado
da magia e do imaginário
num real inesperado.
Temes do teu ser o absurdo,
a fera solta em investida.
Temes o sentimento que a emoção acena,
independentemente das razões pontuais
que a obrigação reclama.
Temes a mudança que a carência implica,
o desejo assanha
e não queres, no teu jeito,
magoar-me a mim
que atrevida te quero, meu amor.
Temes e não me vives
preferindo o afastamento
porque te conheces e temes
que sendo afoito me perdes.
Temes e não sabes
que, afinal, também temo
porque me conheço e te espero.
Temes porque não fingimos
e somos o que sentimos,intensos,
passionais,quase divinos...
ou perfeitamente infernais!
Temes e tememos
mas, se o risco não corrermos
como o saberemos?
O tempo passa e não perdoa!
E assim...neste temor,
o melhor de nós,
simplesmente perdemos!



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publicada por Isabel Branco @ 13:04

Foi a 10 de Novembro de 2007

Sexta-feira, 26 de Setembro de 2008





(Foto de: Isabel Branco)

Esta foto reporta-se a apresentação ao público, no Centro Cultural da Malaposta, através da Editorial100 dos meus dois livros de poesia:

Dez Degraus até ao Sol

e

Imanências em Tons de Azul


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publicada por Isabel Branco @ 21:45

Instante

Sexta-feira, 26 de Setembro de 2008




(Imagem da Net)





Um pássaro descuidado
poisado na janela,
bate as asas assustado...
e, como que magnetizado
suga duma curvilínea flor
o sorvo e doce néctar,
e parte a depositá-lo
no bico do seu amor.







(Imagem da Net)



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13:42

A Vida Corre

Sexta-feira, 26 de Setembro de 2008



(Imagem da Net)

A vida corre...
Rápida se escoa
entre a multidão
que a absorve.
O tempo voa
e a cada intenção
a gente morre!


A vida decorre
na música que entoa
repetindo o refrão.
O ritmo que percorre
ora acerta, ora destoa
em crescente evolução
e, assim... a vida corre...





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publicada por Isabel Branco @ 13:09

Acácia Rubra

Quarta-feira, 24 de Setembro de 2008

(Imagem da Net)

Aquela acácia rubra
da minha amada restinga,
florida e carregadinha
de pétalas carnudas,
exala o cheiro pelas ruas
das minhas memórias de menina.

Dizem os ancestrais
que acácias farfalhudas
ladeavam os belos jardins
da famosa Rainha Ginga
e que suas negras aias nuas
delas se enfeitavam com colares.

Que o chão vermelho que ainda cubra,
em viçosos tapetes reais,
se eternize até aos confins
nas lembranças, ao passar das luas,
suavizando minha saudade
dos meus tempos de pequenina.

Isabel Branco



Acácia - Símbolo do Sol na Antiguidade.Flor ligada ao signo de Carneiro, sugerindo força, poder e acção.
É a flor indicada para atrair sorte, felicidade e longevidade.




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20:35