sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Matutina

Segunda-feira, 13 de Outubro de 2008



(foto: de Isabel Branco)

O Tejo ali está!... Sereno,
no seu azul dor,
espelhando um sol vadio
que indolente se esquiva
entre farrapos de nuvens.
Quase soa despercebida
a doce melodia duma flauta de pã...
Ao longe, a ponte cruza o rio,
e um bando de gaivotas,
num uníssono clamor,
reclama ao desafio,
o alimento, a vida, a presença.
Amontoam-se em pequenas ilhotas
e, embora esteja frio,
bailam na placidez das águas
gritando entre si a indiferença.
Outro dia que começa ameno!
Outro jornal que se folheia lento!
Outra esperança furtiva
neste cansaço rotineiro e doentio...
Assim, embarca esmorecida,
esta espécie de tristeza pagã,
na calma e quietude imensa
das primeiras horas da manhã!

Etiquetas: Meus Poemas
publicada por Isabel Branco @ 13:38


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