(Imagem da Net)
Era uma garota engraçada,
sardenta, de mini saia,
um pouco envergonhada, mas feliz!
Tímida, pedi-te dois beijos,
- um na face e outro nos lábios - ...
Lembras-te???
Foi em Março de 1972!
Tu coraste
e sério, circunspecto,
simplesmente, negaste:
“Dou-te depois!”
Entristeci...e, toda a noite, chorei.
Nunca te contei,
quanto sofri...
Quanto me julguei feia,
sem graça, esquisita, infeliz
Gata Borralheira...
Chegaram as férias!
Parti...Viajei... Depressa, voltei.
Encontrei-te, uma vez, pelos teus anos
e, depois no baile de Carnaval
com outra nos braços, dançando
sorridente, brejeiro e, de mim, distante.
Morri de ciúme mas, da raiva ressuscitei
empinhando o nariz...
Troaram as metralhadoras...
Do pátrio chão, pela raiz,
da savana nos arrancaram!
Voltei a partir mas, por breves instantes,
na debanda te reencontrei.
Febril, sofrido, amargo
repeliste-me assim:
“Não preciso de ninguém!”
Insisti, acariciei-te a mão
e teimosa deitei-te de beber.
Depois... nunca mais te vi.
Sentei-me descalça, no século passado,
no banco de pedra da vida.
E, de frente para a praia,
transformei-me em estátua de mármore
que as ondas maiores salpicam de sal,
esperando que o meu príncipe moiro
com a maré chegasse
em manhã de cristal
e me desencantasse do feitiço
com os dois beijos que (para depois),
me houvera prometido.
E eis, que agora me surges do nada
com mil beijos nos olhos,
beijando-me a cada olhar,
cheio de luz e de mar...
Percebo maravilhada
que mais que querida e desejada
fui e sou a única mulher, por ti, sempre amada!
Era uma garota engraçada,
sardenta, de mini saia,
um pouco envergonhada, mas feliz!
Tímida, pedi-te dois beijos,
- um na face e outro nos lábios - ...
Lembras-te???
Foi em Março de 1972!
Tu coraste
e sério, circunspecto,
simplesmente, negaste:
“Dou-te depois!”
Entristeci...e, toda a noite, chorei.
Nunca te contei,
quanto sofri...
Quanto me julguei feia,
sem graça, esquisita, infeliz
Gata Borralheira...
Chegaram as férias!
Parti...Viajei... Depressa, voltei.
Encontrei-te, uma vez, pelos teus anos
e, depois no baile de Carnaval
com outra nos braços, dançando
sorridente, brejeiro e, de mim, distante.
Morri de ciúme mas, da raiva ressuscitei
empinhando o nariz...
Troaram as metralhadoras...
Do pátrio chão, pela raiz,
da savana nos arrancaram!
Voltei a partir mas, por breves instantes,
na debanda te reencontrei.
Febril, sofrido, amargo
repeliste-me assim:
“Não preciso de ninguém!”
Insisti, acariciei-te a mão
e teimosa deitei-te de beber.
Depois... nunca mais te vi.
Sentei-me descalça, no século passado,
no banco de pedra da vida.
E, de frente para a praia,
transformei-me em estátua de mármore
que as ondas maiores salpicam de sal,
esperando que o meu príncipe moiro
com a maré chegasse
em manhã de cristal
e me desencantasse do feitiço
com os dois beijos que (para depois),
me houvera prometido.
E eis, que agora me surges do nada
com mil beijos nos olhos,
beijando-me a cada olhar,
cheio de luz e de mar...
Percebo maravilhada
que mais que querida e desejada
fui e sou a única mulher, por ti, sempre amada!
2 comentários:
Bjs e bjs
Para ti também Rô.
"Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita."
Carlos Drummond de Andrade
Um beijinho.
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