terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Remoçar
Espelho-me no fulgor
dos meus dourados quinze anos
e uma energia renovada
invade meu espírito de côr.
Talvez, para os mais cépticos,
seja uma perfeita idiotice
porém, depois de tantos desenganos,
sentir-me fogueira exorcizada,
pétala de seda, rubra flor,
mais que romper conceitos éticos
é reacreditar na chama do amor.
Irreparáveis que são os danos
chegadas as rugas da velhice,
aos nossos rostos decrépitos
transparece uma luz envergonhada
e, no agitar dos nossos panos,
a vida que tivemos desperdiçada
remoça em esgares poéticos
aos crédulos tempos da meninice.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário