Entre os pingos da chuva
nesse pingue-pingue cadenciado
que a melancolia abraça,
cresce uma onda incolor,
manto de tristeza e dor,
alagando o ser silenciado.
E cada pedra sorve a transparência do havido…
Cada pedaço de chão veste-se de verde acontecido…
Cada hálito repassa a húmida e tugida
voz da natureza adormecida.
Cada semente rasga a vida
na majestade duma simples flor…
Essa face oculta da verdade
pela chuva disfarçada
rompe dos olhos alucinada
em gotas de solidão e de mágoa…
Há alma e beleza na fealdade
e um renascer a cada oportunidade!
Isabel Branco
2 comentários:
Olá Isabel! Passando para te cumprimentar e apreciar mais uma das tuas belas criações. Lindo poema.
Beijos e muita paz pra ti e para os teus.
Furtado.
Olá Rosemildo
Grata e um grande abraço.
Isabel
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