terça-feira, 8 de novembro de 2011

Pingos de Chuva





Entre os pingos da chuva
nesse pingue-pingue cadenciado
que a melancolia abraça,
cresce uma onda incolor,
manto de tristeza e dor,
alagando o ser silenciado.

E cada pedra sorve a transparência do havido…
Cada pedaço de chão veste-se de verde acontecido…
Cada hálito repassa a húmida e tugida
voz da natureza adormecida.
Cada semente rasga a vida
na majestade duma simples flor…

Essa face oculta da verdade
pela chuva disfarçada
rompe dos olhos alucinada
em gotas de solidão e de mágoa…
Há alma e beleza na fealdade
e um renascer a cada oportunidade!

Isabel Branco

2 comentários:

Rosemildo Sales Furtado disse...

Olá Isabel! Passando para te cumprimentar e apreciar mais uma das tuas belas criações. Lindo poema.

Beijos e muita paz pra ti e para os teus.

Furtado.

Isabel Branco disse...

Olá Rosemildo

Grata e um grande abraço.

Isabel