Sem inspiração…sem querer, nem achar…
Assim…me declino na apatia dos dias.
Sem motivação… sem escrever, sem mar…
Assim…me calo na agonia das horas vazias.
Desalento! Perco-me de afetos e de temas
na morna quietude duma estranha dormência!
Emudecem as palavras, dormem os poemas
na vasta planície duma frígida ausência.
Sinto!…A existência como se a não sentisse!
Presa ao nada, alheia, indiferente,
como não vivesse, como nada visse…
Silencio!...Corre a tinta demente
rasurando, como se o papel ferisse
e, este meu eu, triste, matasse simplesmente…
Isabel Branco
Sem comentários:
Enviar um comentário