sábado, 4 de julho de 2009

Há...


(Imagem da Net)


Há um pássaro sereno
de plumagem luzidia,
dum azul único, turquesa,
liberto dentro de mim,
no âmago do meu espírito.

Há um recanto ameno
com cheiros de maresia
onde se respira grandeza,
templo e secreto jardim
da minha sede de infinito.

Há um espaço onde o aceno,
quieta e doce melancolia,
é resposta, com certeza,
água benta, bálsamo, jasmim,
às dúvidas em que medito...

Há um tempo pequeno
- entre a lua e a maré vazia -
feito de verdade e clareza
que me recheia, assim,
na iminência do conflito!


4 comentários:

Paula Raposo disse...

Gostei! Beijos.

Isabel Branco disse...

Paula

Grata e boa semana.

Um beijinho.

Argos disse...

O pássaro azul das quimeras?
Eu também tenho um!

Abraço e obrigado, gostei. Um poema forte e terno!

Isabel Branco disse...

Argos

É esse pássaro renascido que existe um pouco em todos nós que nos alenta e estimula, dando cor à vida, mesmo quando esta se nos apresenta a preto e branco.

Um beijinho.