quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Poema a giz





Que importa agora a raiz,

o sonho, o inesperado


ou, quiçá, até o combinado



se a eternidade afinal dura tão pouco

e é agora o momento de ser feliz?!

A maré muda, ao vento amainado 

e o local calmo e tranquilo 

com a rede balançando

de repente vira o centro do furacão.

Passado é passado

e o futuro... incógnito, ignorado!...

Escrevo-te, agora, poema a giz

na negra ardósia do instante

que nos torna naquilo

que nos devolve o coração,

pétala rubra fascinante,

no momento oportuno,

ainda que desassossegado.



Isabel Branco









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