Trinta e sete anos de amargura
desde a nossa despedida,
terra, berço, mãe, longura
amor único de toda uma vida…
Esta dor que profunda,
viva, me cava a sepultura,
que argilosa se desprende
e basáltica me encarcera…
Esta saudade que infinda,
triste ainda me murmura,
que planáltica me compreende
e oceânica me desespera…
Prende-se nos rios da memória,
nos desertos do sofrimento
e, nas inquietas areias do tempo,
escreve comigo a minha história.
Isabel Branco
Sem comentários:
Enviar um comentário