terça-feira, 20 de outubro de 2009

FIM


(Imagem da Net)


Adormeci no tempo das pitangas
a lágrima farta que o vento arrasta.
Vagueei nesse agreste deserto
que no meu sonho perdura.
Descalça, incauta
pisei as tórridas areias,
as dilacerantes pedras,
tapete e mar do meu caminho.
Entre as luzes da ribalta,
ah!...coração como me enganas...
(tão longe e tão perto,
das loucas vozes que semeias),
na senda duma simples travessura
quedei-me em profunda melancolia,
num arabesco desenhei a palavra fim
e morri, devagarinho, dentro de mim...



2 comentários:

Paula Raposo disse...

Muito belo mais este teu poema!! Deixo-te muitos beijos.

Isabel Branco disse...

Paula

Assim...o coração escreve
a hora que da tinta recebe
em passaporte ao papel,
duma mulher de nome Isabel.

Beijinhos