(Imagem da Net)
Já não há o antes ou depois.
Há o apenas e agora.
Os livros que não li
ficaram no outrora,
na estante do nunca,
do quem sabe, ou do talvez.
Os que saboreei e reli,
sem dúvida nenhuma,
o e, o mas, o porém,
o momento, a hora,
abertos sobre a mesa,
contam, um a um, por sua vez,
a história que, sem demora,
principia no fim e, sem desdém,
se finda no se
ao qual estou presa
sem causa ou razão alguma.
Já não há o antes ou depois.
Há o apenas e agora.
Já não és tu, já não sou eu,
nem nenhum ou nada de nós dois.
São as esperanças arquivadas,
penduradas em panfletos.
As palavras escusadas
são nos dicionários esqueletos.
Já não há o antes ou depois.
Há o apenas e agora.
Apenas um silêncio que me devora
agora que o contexto se desvaneceu.
Apenas um Inverno gélido que incomoda,
depois dum reencontro inesperado,
antes da partida anunciada,
agora o clímax, o auge, o apogeu.
8 comentários:
Um belo poema... gostei muito de o ler e de igual modo, retomar a visita a este mundo cheio de encanto.
Com amizade
Luis
Sublime...
Doce beijo
Luis
As férias são o retemperar e o recarregar de energias. E simultaneamente uma fonte inesgotável de preguiça e de inspiração.
Boa semana e um beijinho.
Profeta
Um agora incontestável
dum momento sublime...
Um apenas memorável
que d'outros me redime!
Um beijinho.
Voltei a este encantador espaço... vale sempre a pena ler o que por aqui de belo se encontra.
Mais uma vez
PARABENS
Luis
Luis
Obrigada e um beijinho.
Se não viver o "agora", como é que amanhã olharei para hoje?
Faroleiro
Benvindo e obrigada pela participação!
Há, no entanto, quem não viva hoje na recordação do que passou e tenha medo do futuro pelo que deixou de viver.
Vivo cada segundo como a redescoberta do primeiro e antevisão do último.
Um beijinho.
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