domingo, 11 de março de 2012

Do rio para o mar



Despede-se o Tejo de Lisboa
num acenar de gaivotas
que pelo entardecer sobrevoa
barcaças, areias e ilhotas...
Meu veleiro desliza sereno
sobre as águas deste rio tranquilo...
Mouro vento, sol moreno,
sal, sonhos disto e daquilo...
Sob as pontes do destino
e o olhar sobranceiro da cidade,
velas içadas ao vento latino,
vai-se o tempo,  vai-se a idade...
Rumo ao Atlântico merecido
quem sabe, um dia, partirá?
Ainda que cinzas, dum azul desconhecido,
ao mar, por seu amor, voltará!

Isabel Branco

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