sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Submersa




Flor de lótus,
flor de mágoa
imortalidade,
ao triste silêncio
abandonada!

Voz da palavra,
eco do grito,
raiz da montanha,
poesia emaranhada
na boca calada.

Ramos ao vento
no lânguido adeus
das folhas perdidas,
resiste ao tempo
sem dor, sem apego.

Espelho d´água...
espelho d' alma
azul serenidade
árvore queda
em tarde calma!

Princesa, escrava...
Realidade...
Sonho, quimera...
Mulher submersa

em anil primavera!


Isabel Branco


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