domingo, 10 de outubro de 2010

Amar-nos-emos





Um dia inesperado,
em qualquer hiato do tempo,
voltaremos a estar juntos...
e dar-nos-emos um ao outro
como ciosos desejamos fazê-lo...
Amar-nos-emos,
com gatos esfomeados
em telhados de zinco quente...
Amar-me-às...
Amar-te-ei...
Húmus, unos, inseparados,
siameses e para sempre.
Não nos sobraremos...
Ah!...meu amor, e nesse dia,
amar-nos-emos
ainda que defuntos...


2 comentários:

Rosemildo Sales Furtado disse...

Belo poema. Profundo e relata um amor forte, arrasador. Rsrs.

Beijos e ótima semana pra ti e para os teus.

Furtado.

Isabel Branco disse...

Furtado

Assim é. Um abraço