terça-feira, 4 de setembro de 2012
Príncipe Sapo
Desejei-te príncipe
saíste-me um sapo.
Verde, feio, frio,
...escorregadio...
Chafurdas nos charcos
parceiro da lua,
saltitando, de folha em folha,
na busca desenfreada
da efémera beleza de lótus...
Tentei o beijo
humilhei os afetos
esqueci o brio...
E nada resultou...
Nada... nada te transformou!
Neste feitiço que me cega
coroei-te...Rei dos Sapos...
e da minha alma também!
Escondes o olhar,
coaxas o silêncio!
Recolhes-te na tua bolha,
enchendo, de moscas, o papo
espreguiçando a pele nua...
Porém, conheço-te de fio a pavio
e, na camuflagem das fotos,
a imagem que vejo
é a dum príncipe que chora...
Isabel Branco
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