segunda-feira, 28 de março de 2011

segunda-feira, 21 de março de 2011

Dia da Poesia




Ainda que não espante
inventaram outro dia...
O dia da Poesia!
Mas, poesia não tem dia,
não tem hora...
É o amargo ou doce instante,
o oiro azul magia
preso à aura de cada agora!

Isabel Branco

Lembra-te; Poema e Em todas as ruas te encontro...Mário Cesariny



Get this widget | Track details | eSnips Social DNA


DIZER POESIA

25º Programa: Mário Cesariny - Lembra-te; Poema e Em todas as ruas te encontro; (e o Meu - Ébria de encanto)

http://tv.rtp.pt/multimedia/progAudio.php?prog=3273

Transmitido na RDP Internacional a 18 de Março de 2011.

segunda-feira, 14 de março de 2011

quinta-feira, 10 de março de 2011

Serenidade






Desci... Subi...
Calcorreei as carcomidas ruas
do pensamento!
Numas alberguei sofrimento,
noutras assisti
ao brilhante secundar das luas
do azul afirmamento.

Vivi... Morri...
Em lauto e chocante festim,
abracei a inquietude da hora.
Ontem, hoje, agora,
cresci...Venci...
Serena, encontrei-te, enfim,
meu amor de outrora!

Isabel Branco



segunda-feira, 7 de março de 2011

terça-feira, 1 de março de 2011

AINDA QUE NÃO TE IMPORTE...




Ainda que não te importe
nunca aceitei ter crescido,
nunca aceitei ter perdido,
nunca aceitei o acontecido,
a vil guerra, a separação…
Nunca aceitei ter partido,
ter chorado, ter sofrido
as malhas da ingratidão!


Não aceito o vazio, a morte,
tão pouco a dor, a solidão,
este ser sem ser, este estar indo,
este silêncio transido
sem verso ou condição.
Não aceito o desvalido,
tal desejo amortecido
sem visto ou passaporte.

Mereci mais e melhor sorte
que uma esfíngica paixão
de gelo em bronze fundido!...
Mereci a senha, o transporte,
dum eternal caminho
ou, de minha mãe, vagindo
este meu inquieto coração
nunca teria nascido.

Ainda que não te importe
pesa-me o tempo vivido
na carapaça de ser forte
com asas de passarinho…
Pelas portas que vou abrindo,
páginas de mão em mão
fogem-me, sem que as recorte,
do tosco livro que escrevinho…

Se chorei, se sofri sorrindo
resta-me a fria indignação
do que teria feito sentido
se teu rosto, teu corpo, teu norte
longe deixasse esquecido
naquela infância suporte,
meu carrossel de emoção
de onde nunca deveria ter saído!...

Isabel Branco