domingo, 17 de julho de 2011

MAR


Foto de Isabel Branco

Páginas de espuma
escritas na areia branca
com penas de sol
e aparos de lua...
Um tanto de belo,
um tanto de dor
nas ondas que num vai e vem
lamentos naufragam
e em, murmúrios de amor,
capítulos encerram...
Sem palavras que o resuma
cada letra é um adágio
duma só sílaba nua,
neste livro a que chamei MAR.
Perdoe-me Deus o plágio
se outro, ou melhor nome
não consegui encontrar.
Tão pouco, sozinha, o escrevi.
Tantas vezes o li e reli
mistério, imensidão, enfim...
Ora em brumas envolta,
ora em azul sonho, me confundi
numa estranha forma de amar,
num ávido delírio temporal,
meu amor revolta
MAR...mar meu... sem ter fim...
sem ter volta!


Isabel Branco

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