quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

NO CAIS DA SAUDADE



Descalça...
no cais da saudade minha alma mora.

Errante...
se transfigura e de vestes se desnuda.

Transparece...
em águas plácidas
e aos ouros da tarde se oferece.

Parte...
nas marés ao sabor dos ventos
em metáforas, em pensamentos!...

Vagueia...
pelo mundo fora
descabelada e muda.

Chora...
peregrina não esquece
aportando ilhéus e ilhotas.

Livre...
volta, rodopia num bailado de gaivotas,
alvos lenços acenando.

Silente...
saudades a vão lembrando,
saudades a vão levando...



Isabel Branco


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