Descalça...
no cais da saudade minha alma mora.
Errante...
se transfigura e de vestes se desnuda.
Transparece...
em águas plácidas
e aos ouros da tarde se oferece.
Parte...
nas marés ao sabor dos ventos
em metáforas, em pensamentos!...
Vagueia...
pelo mundo fora
descabelada e muda.
Chora...
peregrina não esquece
aportando ilhéus e ilhotas.
Livre...
volta, rodopia num bailado de gaivotas,
alvos lenços acenando.
Silente...
saudades a vão lembrando,
saudades a vão levando...
Isabel Branco
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