segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Não Sou Nada...
Não sou nada...
Senão este princípio de morte
em que meus dias apodrecem...
Das tantas almas que tenho
a duas me apego...
Uma... cobre-se de véus,
de sonhos, tinta e fantasia.
Escorre lânguida por linhas tortas
na branca macieza do papel...
A outra... ingrata e louca,
desvairada e sem sorte,
ergue castelos que se desvanecem
num frouxo nó cego
de dúvidas sem respostas...
Duas chamas... Dois fogaréus...
Duas pobres folhas mortas...
Dois estares sem tamanho
presos num espelho fiel...
No incessante rodopiar do ego
antes quebrava que torcia...
Não sou nada... e não sabia!
Isabel Branco
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2 comentários:
Poema muito belo, Isabel.
De alma. De afectos, de silêncios.
Beijinhos.
Lília Tavares
Beijinho, Lília e obrigada.
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