terça-feira, 25 de agosto de 2009

Envelhecer num Minuto


(Para melhor ouvir este video baixe ou desligue o som da Rádio Cotonete, no final da página)

(Um miminho do meu querido amigo Adão):

Aqui está um tema que me interessa. O envelhecimento.
Repara que tu, eu, os autores do filme - todos nós - partimos do princípio de que é inevitável envelhecer.

Olhamos à nossa volta e vemos tudo a envelhecer.

Mas, será que é verdade?

O mar envelhece?

Ou somos nós que o estragamos e fazemos envelhecer?

E a chuva? A chuva envelhece?

As núvens? Envelhecem?

Parece-me que não.

Todos esses elementos - FEITOS EXACTAMENTE DA MESMA SUBSTÂNCIA QUE NOS FAZ A NÓS - o espírito (ou energia, se preferires) TRANSFORMAM-SE CONSTANTEMENTE.

Por outras palavras: renovam-se constantemente. Não envelhecem.
Renovam-se, porque ACEITAM A VIDA! Fluem com a vida. Não lhe resistem.

Aceitam CADA MOMENTO tal como é. Para eles não há TEMPO.

Não existe nem o ontem, nem o amanhã.

Não têm uma MENTE, que está sempre FORA do momento, do agora, presa ao ontem ou temerosa do amanhã.

Por isso, não envelhecem.

Um beijinho para ti,

Adão


segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Beijo


(Imagem da Net)


Beija-me... gota de orvalho,

lágrima de luz em cada amanhecer.

Flores ao vento nos amaremos!



quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Meu Tempo


(Ironia do Tempo - Imagem da Net)


Tenho entre os dedos
um relógio de prata
cravejado de pedraria...
Seguro o tempo por instantes
e, por instantes, sinto o tempo
que deixei de viver!

O relógio, a prata,
as finas e preciosas pedras
perduram pelo tempo
a sua intemporal travessia...
Eu, porém, por mais que queira,
vivo o escasso tempo que é meu,
feito de sonhos e de medos!

Porquê, então, perdê-lo
na inútil tentativa de retê-lo?
Observá-lo... é um dos meus segredos!
Mas, vivê-lo... Ah! Vivê-lo...
A maior das minhas constantes!


segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Apenas e Agora


(Imagem da Net)



Já não há o antes ou depois.
Há o apenas e agora.

Os livros que não li
ficaram no outrora,
na estante do nunca,
do quem sabe, ou do talvez.
Os que saboreei e reli,
sem dúvida nenhuma,
o e, o mas, o porém,
o momento, a hora,
abertos sobre a mesa,
contam, um a um, por sua vez,
a história que, sem demora,
principia no fim e, sem desdém,
se finda no se
ao qual estou presa
sem causa ou razão alguma.

Já não há o antes ou depois.
Há o apenas e agora.

Já não és tu, já não sou eu,
nem nenhum ou nada de nós dois.
São as esperanças arquivadas,
penduradas em panfletos.
As palavras escusadas
são nos dicionários esqueletos.

Já não há o antes ou depois.
Há o apenas e agora.

Apenas um silêncio que me devora
agora que o contexto se desvaneceu.
Apenas um Inverno gélido que incomoda,
depois dum reencontro inesperado,
antes da partida anunciada,
agora o clímax, o auge, o apogeu.